segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Droga ameaça pessoas: Burundanga ou escopolamina


A escopolamina ou burundanga é um alcalóide (substância de caráter básico derivada principalmente de plantas, podendo ser também derivadas de fungos, bactérias e até mesmo de animais,e contêm, em sua fórmula, basicamente nitrogênio, oxigênio, hidrogênio e carbono), extraída de plantas da família Solanaceae, ela atua impedindo a ação do neurotransmissor acetilcolina no Sistema Nervoso Central. Por isso que ela é conhecida como uma droga Anticolinérgica ( que inibem ação da acetilcolina*), alguns efeitos mais sérios são: Dificuldade respiratória, secura na boca e narinas, visão borrada, pupilas dilatadas, aumento do ritmo cardiaco, diminuição de pressão arterial, intestino preso e aumento da temperatura do corpo. Na superdosagem pode ocorrer: quadros de delírio e o fomento de uma dependência química do medicamento. Ocorre também dilatação das pupilas.


* Acetilcolina: É um éster do ácido acético e da colina, cuja ação é mediada pelos receptores nicotínicos e muscarínicos. Tem uma massa molar de 146,2 g/mol e sua fórmula química é CH3COOCH2CH2N+(CH3)3.

"Os anticolinérgicos, tanto as plantas como os medicamentos, produzem em doses não muito grandes uma indiferença em relação ao que ocorre no meio ambiente e à si próprio. Este estado mental faz com que a pessoa quando interrogada diga coisas que em estado normal ela não falaria. Esta "falta de força psíquica" ou "ausência de auto-controle" faz com que anticolinérgicos sejam utilizados como "soros da verdade", em interrogatórios de inimigos durante as guerras. A escopolamina é uma das substâncias utilizadas para este fim."
As drogas anticolinérgicas só fazem efeito por via oral ou inaladas. As plantas mais comuns onde pode ser encontrada a Escolopamina e a Atropina, são as famosas: saia branca, trombeta, trombeteira e zabumba; São plantas de fácil localização e plantio, podendo crescer em vários tipos de lugares.
A planta de nome trombeteiro, Brugmansia suaveolens, existe no Brasil e produz flores em forma de trombeta - daí o seu nome.


Outras denominações da planta: babado, cartucheira, cartucho, copo-de-leite, saia-branca, sete-saias, trombeta-de-anjo e zabumba-branca.
A palavra burundunga deriva de termo afro-cubano usado por feiticeiros para designar beberagens usadas em rituais.
Segundo o site Jardineiro.net "Sua utilização paisagística é bastante discutida, visto que é uma planta bastante tóxica e narcótica, pois todas as partes da planta contém alcalóides que podem provocar vômitos, náuseas, secura das mucosas, febre, taquicardia, alucinações e dilatação das pupilas."
Circula pela net mensagens sobre pessoas que estão usando essa droga para se aproveitarem das vítimas e roubá-las, estuprá-las, causarem danos às mesmas, enquanto estão sob efeito da droga. Verdade ou não, informações são sempre bem vindas! Para saberem mais, segue links abaixo.

Meire Jorge


http://www.lafepe.pe.gov.br/medicamento_detalhes.php?id_med=29
http://www.scribd.com/doc/8699419/Intoxicacion-por-escopolamina-burundanga-perdida-de-la-habilidad-para-tomar-decisiones?autodown=txt
http://www.jardineiro.net/br/banco/brugmansia_suaveolens.php
http://www.casoabierto.com/sucesos/terrorismo/896-escopolamina-la-droga-que-borra-la-memoria.html

domingo, 1 de novembro de 2009

Verão, cerveja e barriga!!!!


Verão chegando, temperaturas subindo....praia, e ......uma vontade louca de uma cerveja gelada para refrescar....Tem quem não goste, mas acredito serem minoria, pois a bebida é altamente refrescante. Além do que, existe um folclore em relação ao aumento da barriga, devido à sua ingestão. Antes de qualquer coisa, vamos observar e nos familiarizarmos com os ingredientes da cerveja:
→ H2O ( água) – entre 90 a 95% e a qualidade da mesma é fundamental. Acredita-se que um alto teor de sulfato na água, acentua o sabor amargo do lúpulo, o que é uma das diferenças no sabor de algumas cervejas;
→ Lúpulo ( Humulus lúpulo) é uma planta, tipo trepadeira, de origem européia, cujas flores fêmeas apresentam grande quantidade de resinas amargas e óleos essenciais, os quais conferem à cerveja o seu característico sabor amargo. Além desta qualidade, também lhes são atribuídas outras virtudes: contribui para uma maior resistência aos microrganismos indesejáveis graças ao seu poder anti-séptico, abre o apetite e fortalece o sistema nervoso. As flores do lúpulo são prensadas e reduzidas a porções menores que serão transformadas em extratos granulados, usados pelas cervejarias. Existem diversas espécies de lúpulo, de acordo com suas regiões de origem, tipo de solo, clima, etc; portanto encontram-se no mercado diversos tipos de lúpulos, cada um com suas características organolépticas.
→ Malte - O malte tem origem na germinação de cereais sob condições ambientais controladas e pré-determinadas. Os cuidados têm como objetivo maior, obtenção de enzimas ( catalisadores biológicos) que determinarão a qualidade do malte. Praticamente todo o malte utilizado nas cervejarias é proveniente da cevada ( planta parecida com o trigo da qual utiliza-se o grão). Para transformar a cevada em malte, coloca-se o grão em condições favoráveis à germinação. O processo é interrompido no momento em que o grão inicia a criação de uma nova planta. Nesta fase, o amido do grão apresenta-se em cadeias menores que na cevada, o que o torna menos duro e mais solúvel e, no interior do grão, formam-se enzimas que são fundamentais para o processo de fabricação de cerveja. A capacidade enzimática do malte é importante para a conversão dos amidos e açúcares. Açúcares e Xaropes - O açúcar e os diferentes xaropes intervêm em reduzida percentagem na produção de uma cerveja e têm a finalidade de estabelecerem variedades especiais ou de atenuarem características específicas. O caramelo, em algumas cervejas, atua como forma de obterem uma cor mais bonita e também para acentuarem ligeiramente o sabor. Cevada não maltada - A cevada não maltada dá um sabor mais rico a cereais e, ao mesmo tempo, mais suave, às bebidas que com ela são confeccionadas e contribui para a estabilidade da espuma.
→ Leveduras - leveduras são microorganismos unicelulares, biologicamente classificados como fungos e que têm uma excelente capacidade natural que consiste em sobreviverem sem oxigênio. Esses microorganismos multiplicam-se, fermentam os açúcares transformando-os em álcool, algo que é essencial para se produzir cerveja. Existem centenas de variedades de leveduras sendo que, habitualmente, se dividem em dois grandes grupos: as leveduras de fermentação alta (Saccharomyces cerevisiae, típicas das Ale) e as leveduras de fermentação baixa (Saccharomyces uvarum, antes conhecidas por Saccharomyces carlsbergensis, típicas das Lager). Há que destacar que a levedura além de transformar os açúcares em álcool e dióxido de carbono, definem também o caráter e sabor da cerveja, podendo apresentar aspectos florais, frutados ou minerais, indicados para diferentes estilos de cerveja. Estes sabores são também produtos da fermentação sendo que, em muitos casos são desejados, em outros há que se evitar, como é o caso do diacetil (aroma e paladar que lembra a manteiga), oxidado (cartão/papel), clorofenol (cloro/plástico/medicinal) ou solvente (tipo acetona).
Especula-se que a cerveja, tenha sido descoberta acidentalmente, provavelmente fruto da fermentação não induzida de algum cereal. Com o passar dos anos, de produção artesanal, passou a industrial e conseqüentemente um aumento no consumo.
A Budweiser foi a primeira marca a ultrapassar os 10 milhões de barris por ano, isto já em 1966. As fusões e concentrações continuaram a aumentar e, por exemplo, a situação atual nos EUA é exemplar: 90% do mercado é controlado por 5 empresas:
a) Anheuser-Busch, 44.5%;
b) Miller Brewing, 21.8%;
c) Coors, 10.4%;
d) Stroh, 7.4%;
e) G. Heileman, 5.3% .
Hoje em dia, a indústria cervejeira pode ser caracterizada por duas grandes tendências: a primeira, é representada pelas grandes fusões entre gigantes cervejeiros, que criam empresas cada vez maiores, com vendas impressionantes mas, em geral, com produtos de baixa qualidade; a segunda, é representada por pequenas e médias empresas que desenvolvem produtos de grande qualidade, para apreciadores e baseadas nas tradições dos locais onde se encontram implantadas. O melhor exemplo desta situação encontra-se na Bélgica, onde existe mais de uma centena de pequenas empresas cervejeiras, que desenvolvem largas dezenas de produtos com características bem diferentes entre si.
No que se refere aos benefícios ou malefícios da cerveja, chegou-se à conclusão que, bebida de forma moderada, a cerveja pode trazer inúmeros benefícios ao organismo. Em primeiro lugar a cerveja é diurética. Para quantidades iguais de água e cerveja ingeridas, o organismo excreta mais quando se bebe cerveja. Por outro lado, serve para saciar a sede já que pelo fato de conter mais de 90% de água, a cerveja pode contribuir para as necessidades diárias de água do corpo humano, que são de 1,5 a 2,5 litros. Outros estudos revelam que pode ser benéfica para doentes com problemas coronários ou mesmo para pessoas propensas a terem cancro da mama ou do sistema digestivo. Finalmente, é muitas vezes recomendada por nutricionistas como elemento essencial para uma dieta equilibrada e saudável......Agora, em relação ao aumento da barriguinha............devemos considerar que, a cerveja não contém gordura e o seu valor calórico chega a ser inferior ao de um copo de leite, ou seja, 1 latinha de cerveja tem em média 6% de álcool e por volta de 130 calorias. Cada grama de álcool fornece 7 calorias, quase a quantidade de 1 grama de gordura (9 kcal).
Extrapolar no consumo da cervejinha, ou qualquer outra bebida alcoólica, leva nosso corpo a buscar e priorizar mecanismos de desintoxicação para a eliminação do etanol (álcool) com conseqüente prejuízo no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. Esse desvio no metabolismo proporciona o acúmulo de energia sob a forma de gordura corporal (barriguinha, barrigona, pneuzinhos e todas as formas "odiadas de gordurinhas").
Excesso de energia, sem gasto, acumula-se sob a forma de gordura corporal, que nos homens ocorre mais na região abdominal (tipo andróide) e nas mulheres mais na região dos quadris e glúteos (tipo ginecóide). Apesar de também estar presente o tipo andróide nas mulheres.
Hoje, sabe-se que o excesso de gordura na região abdominal, independente do fator estético, tem estreita relação com o aumento de riscos para o desenvolvimento das doenças do coração.
Outro detalhe que merece ser lembrado é que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas aumenta a diurese e a desidratação, levando com isso à perda de importantes vitaminas hidrossolúveis (C e Complexo B) e minerais como Cálcio, Zinco e Magnésio.
Ainda, podemos acrescentar que o gás presente na cerveja é que pode, momentaneamente, criar uma sensação de enfartamento, de estômago cheio, mas isso é uma situação momentânea e que em nada influencia a criação da barriguinha. Então o que pode ajudar a formar a "barriga de cerveja"? Tudo tem a ver com os complexos efeitos que o álcool tem no metabolismo do nosso organismo. O problema é que o álcool reduz a quantidade de gordura que o nosso corpo "queima" para utilizar como energia. Como é que isso acontece? Uma parte do álcool que nós consumimos é convertida em gordura. No entanto, a grande maioria do álcool é convertida pelo fígado em acetato. O acetato é então libertado na corrente sanguínea e substitui as gorduras como energia para o nosso corpo.
Mas porque é que as pessoas que bebem cerveja tendem a ter uma barriga maior do que aquelas que bebem, por exemplo, vinho? Como você sabe, basta beber dois ou três copos de vinho e uma pessoa fica satisfeita. Com cerveja isso raramente acontece. As pessoas tendem a beber litros e litros de chope e cerveja. É barata, fresca e desce bem. Neste caso, a cerveja só pode ser culpada se for ingerida em quantidades muito elevadas.
Então, a culpa pela famosa "barriguinha de cerveja" está mais relacionada à quantidade exagerada que se bebe de uma só vez do que às bebidas alcoólicas em si, indica estudo realizado pela Sociedade Europeia de Cardiologia.
A pesquisa, feita com 28.594 pessoas, revela que aquelas que bebem pelo menos 80 gramas de álcool em uma única ocasião têm mais risco de acumular gordura abdominal do que as pessoas que consumirem a mesma quantidade, mas ao longo de diversos dias.
Segundo Marcio Mancini, presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), como a cerveja possui menor teor alcoólico do que vinhos e destilados, é mais comum ser consumida em grandes quantidades em uma única oportunidade, geralmente com o acompanhamento de salgados e porções calóricas. "Tudo de uma só vez. Isso é o prejudicial", explica.
Daniel Lerário, endocrinologista do hospital Albert Einstein e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, explica que as pessoas que consomem bebidas alcoólicas tendem, sim, a ficar com um pouco de barriga, principalmente no caso de cerveja e vinho, que contribuem para o aumento da gordura localizada.
No entanto, ele afirma que a bebida sozinha não é responsável pelo excesso de peso. "Basta observar como os alcoolistas são magros", diz.

por Meire Jorge

Fontes:
http://www.cervejasdomundo.com/Na_antiguidade.htm
http://www.bbc.co.uk/portuguese/index.shtml
http://www.cervejeiro.hpg.com.br/
http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2009/10/31/beber-muita-cerveja-de-uma-so-vez-provoca-barriga.jhtm

O ronco


O tratamento de indivíduos portadores de ronco primário e síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS) continua sendo um desafio, pois há várias opções terapêuticas e os resultados são muito variáveis. O sucesso de cada tratamento depende muito da escolha adequada e individualizada para cada paciente.
A vibração do palato mole, aquela região da garganta próxima à úvula (campainha), parece ser um dos principais fatores envolvidos na gênese do ronco. Durante o sono, pode haver um colapso da via aérea superior nesta região palatal, causando distúrbios respiratórios, tais como apnéias e hipopnéias. Deste modo, existem vários tratamentos direcionados à região do palato mole: radiofreqüência, implantes palatais, uvulopalatoplastias, dentre outros.
As substâncias químicas que estão sendo testadas na forma de injeção contém tetradecil sulfato de sódio, o  Oleato de Monoetanolamina e o Etanol. Os pacientes recebem as injeções ambulatorialmente, ou seja, não precisam ficar internados. Em cada sessão o medicamento é injetado em 3 pontos do palato mole, após anestesia do local com spray. Os pacientes recebem de 1 a 3 sessões, com intervalo de pelo menos 1 mês.
Um especialista britânico diz ter obtido "resultados excelentes" tratando pacientes que roncam com uma medicação que custa apenas 3 libras esterlinas (pouco mais de R$ 8).
O médico Hadi Al-Jassim, especialista da unidade de otorrinolaringologia do hospital Southport and Ormskirk, perto de Manchester, diz que conseguiu tratar com sucesso 400 pacientes que sofrem de "ronco habitual simples" --ou seja, não causado por razões mais complexas, como a apneia do sono.
Um problema observado foi que, em testes anteriores, os cientistas tiveram dificuldade de determinar a quantidade de químico a ser usada.
A Associação Britânica de Ronco e Apneia do Sono previne que, se usada em excesso, a substância destrói o tecido da região desnecessariamente; se muito pouco, é ineficiente.
Neste universo, 80% dos pacientes roncam quando o ar passa pela úvula, ou "campainha", no céu da boca. É nesse universo de pacientes que os testes foram realizados. No restante dos casos, a vibração ocorre em partes anteriores, como a base da língua.
Fonte:
http://www.drfabiolorenzetti.com.br/um_milagre.html
BBC Brasil

sábado, 31 de outubro de 2009

Metais...é sempre bom conhecer um pouco mais!!


Os metais são extraídos da natureza, geralmente de formações rochosas. No Brasil são produzidos, principalmente ferro (Fe) e alumínio (Al). O Fe é encontrado no minério de ferro (Fe2O3), sendo que 60% da produção nacional provem do quadrilátero ferrífero (MG), onde também encontramos manganês e ouro.
O Al, cujo mineral é a bauxita (principalmente Al2O3), é extraído de jazidas no Pará e em Minas Gerais.
Os métodos de extração muitas vezes provocam desequilíbrio ambiental como no caso do garimpo do ouro na Amazônia, cujo procedimento adotado fazia uso de mercúrio que contaminou diversos rios da região. A extração de ferro demanda grande quantidade de água, e posteriormente retorna aos rios tornando-se barrentas, o que afeta a produção de alimentos para os animais marinhos em geral devido à baixa luminosidade.
Medidas já foram tomadas no caso do ouro, mas ainda há rios contaminados. Quanto ao ferro a principal empresa do Brasil, Vale®, reutiliza cerca de 80% da água, e promove ações de reflorestamento em locais desmatados pela atividade mineradora
O que nos atrai nos metais são, principalmente, algumas de suas propriedades, por exemplo,
- o fato de uma latinha de alumínio de refrigerante resfriar mais rápido que uma garrafinha do mesmo refrigerante.  As latas conduzem melhor o calor, ou seja, a retirada de calor da latinha faz com que o refrigerante fique gelado mais rápido. Da mesma forma as panelas (de alumínio, ferro...) deixa o calor da chama do fogão passar mais facilmente em comparação com uma de feita de barro ou de vidro.
- a energia que nos postes de eletricidade chega a nossas casas porque nos fio de cobre (Cu), é possível à passagem de corrente elétrica, que não ocorre na madeira, nos interruptores (feitos de plástico).
- um processo muito conhecido é a formação de ferrugem, ( oxidação). Esse mesmo processo não ocorre exclusivamente com o ferro, mas com qualquer metal que entre em contato com a umidade e o oxigênio do ar. Um modo de se prevenir à oxidação, nome dado a esse fenômeno, é a pintura. Essa forma uma barreira isolante do metal. Um exemplo prático são os portões, que além da pintura recebem um outro produto o zircão, cuja propriedade é “enferrujar” primeiro que o ferro.
As lâmpadas incandescentes possuem diversos metais. Um metal pouco conhecido que constitui o filamento (parte da lâmpada que na passagem de corrente elétrica produz a luminosidade) é o tungstênio (W), que possui um alto ponto de fusão (temperatura na qual um sólido vira líquido) necessário, pois nessa região da lâmpada a temperatura chega em torno de 3000°C. Outro metal ao invés do W poderia derreter a essa temperatura.
Outra forma de aplicação dos metais é uma liga metálica, onde não existe somente um único metal constituindo o material, mas uma mistura de metais ou outros elementos. Exemplos disso:
-  o bronze (estanho, Sn e cobre, Cu),
-  latão (cobre e zinco)
-  liga mais utilizada o aço (ferro e carbono até 1%), cujos principais atrativos é a baixa densidade e sua grande resistência mecânica, utilizado na construção civil, na produção de panelas.
A maioria dos metais podem ser reutilizados, como no caso das pilhas e baterias ao término da carga os materiais ainda permanecem lá, principalmente manganês e zinco, que se chegarem a plantações retardam o crescimento geram plantas menos desenvolvidas.
No caso das latinhas a reciclagem é muito realizada, pois a quantidade de energia gasta para fundir o alumínio e remodelá-lo é 20 vezes menor.
De um modo geral, à reciclagem e o reaproveitamento dos metais é importante para diminuir o impacto ambiental devido às práticas exploratórias.
Ainda em relação às pilhas, vários metais podem ser reaproveitados, uma vez que, as pilhas comuns secas são formadas por: Zn (zinco), MnO2 (óxido de manganês), grafite e NH4Cl (cloreto de amônio). Já as pilhas alcalinas só diferem quanto ao eletrólito, ou seja, ao invés de NH4Cl utiliza-se KOH (hidróxido de potássio).


Para aparelhos que exigem maior potência são utilizados baterias, que são várias pilhas associadas em série (uma atrás da outra). Outros metais também podem ser usados em pilhas. O descarte das mesmas de  maneira errada pode contaminar o solo, as águas e acarretar danos à saúde, por exemplo, o cádmio (Cd) pode provocar disfunções renais e osteoporose. O mercúrio (Hg) causa diversos transtornos, desde vômitos, diarréia, irritação nos olhos, a problemas neurológicos e prejudicar o desenvolvimento do feto em caso de gravidez. Assim como o mercúrio o chumbo (Pb) também causa problemas neurológicos.
O link    http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3base=residuos/index.php3&conteudo=./residuos/pilhas.html
apresenta maiores informações sobre pilhas e maneiras de descartá-las de forma segura.


Fonte:
http://www.vale.com/vale/templates/htm/vale/hot_sites/ra/2006/Relatorio2006.html
http://br.geocities.com/saladefisica7/funciona/lampada.htm
http://www.mma.gov.br/sitio/

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Radicais livres


As camadas eletrônicas de um elemento químico são denominadas K, L, M e N, e seus subníveis, s, p,d, f. De maneira simples, o termo radical livre refere-se a átomo ou molécula altamente reativo, que contêm número ímpar de elétrons em sua última camada eletrônica. É este não-emparelhamento de elétrons da última camada que confere alta reatividade a esses átomos ou moléculas.
Sendo assim, pode-se dizer que radicais livres são moléculas instáveis, pelo fato de seus átomos possuírem um número ímpar de elétrons. Para atingir a estabilidade, estas moléculas reagem com o que encontram pela frente para roubar um elétron, e assim, ocorrem reações biológicas lesivas. Os radicais livres são espécies que possuem uma meia vida curtíssima e que por isso tornam-se quimicamente muito reativas. Existem radicais livres de vários elementos químicos, como os de oxigênio, de enxofre e de nitrogênio.
Uma parte do oxigênio que respiramos se transforma em radicais livres, que estão ligados a processos degenerativos como o câncer e o envelhecimento. Deve ser lembrado que os radicais livres também tem um papel importante atuando no combate a inflamações, matando bactérias, e controlando o tônus dos "músculos lisos". Porém o u mais preocupa, é a ação degenerativa dos radicais livres.
"Sofrimento emocional e consumo excessivo de carne vermelha são desencadeantes da doença  de Parkinson" Nele, há uma correspondência entre o distúrbio emocional e o estresse oxidativo" ( http://www.unifesp.br/dneuro/nexp/riboflavina/h.htm)
Os antioxidantes protegem o organismo da ação danosa dos radicais livres. Alguns antioxidantes são produzidos por nosso próprio corpo e outros - como as vitaminas C, E e o beta-caroteno - são ingeridos.
Segue abaixo uma dieta antienvelhecimento: Saiba o que e quanto consumir para combater os radicais livres
por Patricia Davidson Haiat
A alimentação é fator primordial quando falamos de envelhecimento tanto dos nossos órgãos, quanto da pele. Isso ocorre porque a produção de radicais livres, grandes vilões quando se trata de envelhecimento, é reduzida quando são retirados da alimentação substâncias que aumentam a sua produção, como excesso de gordura saturada e trans, alimentos refinados, aditivos químicos como corantes e conservantes, sempre presentes nos alimentos industrializados que são amplamente consumidos pela população
Com o tempo, o excesso dos radicais livres pode causar alterações irreversíveis nas células ou mutações, que podem favorecer o aparecimento e o desenvolvimento de doenças como o câncer, por exemplo. Além disso, esses danos contribuem para o enfraquecimento do sistema imunológico e para o envelhecimento precoce.

Alimentos que provocam envelhecimento

Os alimentos que mais provocam o aceleramento do processo de envelhecimento orgânico quando consumidos com regularidade são: açúcar e produtos refinados de uma maneira geral (farinha e arroz branco), frituras em geral, carne vermelha e bebidas alcoólicas.

Por outro lado, se temos uma alimentação adequada ricas em frutas, legumes, verduras, castanhas, azeite... , nossas células irão receber os nutrientes que vão neutralizar a ação negativa dos radicais produzidos por qualquer causa, seja pela poluição, excesso de atividade física, estresse, ou mesmo os danos provocados pelos radicais produzidos normalmente pelo nosso organismo. E por isso, a alimentação é um item tão importante e efetivamente pode diminuir o risco do desenvolvimento envelhecimento precoce.

Alimentos antienvlhecimento

Abaixo eu listei alguns alimentos que deveríamos incluir semanalmente na alimentação para tentar "blindar" nossas células do excesso de produção de radicais livres.

Óleo de linhaça

Fonte de ômega 3. Essa gordura essencial é muito pouco consumida hoje nos dias atuais e é necessária para evitar os processos inflamatórios. Além de regular o funcionamento de todas as nossas células já que as mesmas têm um envoltório de gordura. Se a gordura que as reveste for boa, há uma boa comunicação entre as células, se o tipo de gordura for ruim (tipo gordura saturada, trans ou proveniente de frituras o funcionamento é precário).

Além do óleo de linhaça, a semente de linhaça, bem como nozes e sardinha, salmão também são fontes dessa gordura essencial. Uma boa dica para incorporar o óleo de linhaça é misturar num molho de salada duas partes de óleo de linhaça extra-virgem + 4 partes de azeite extra-virgem + temperos desidratados como orégano, alecrim, manjericão, todos também com o potencial antioxidante.

Brotos de alfafa

Contém glicosinolatos e cumestrans (fitoestrogenos).

O brotamento aumenta em muito a quantidade de vitaminas, minerais e proteínas disponíveis nos alimentos que sofrem germinação. É um broto fácil de germinar ou fácil de adquirir já germinado em supermercados. Além disso, ele é riquíssimo em proteínas de fácil assimilação, aumentando a firmeza e estrutura da pele. Isso porque ele contém uma quantidade de fitoestrogenos, ou seja, substâncias que podem auxiliar em manter em equilíbrio os níveis de estrogênio, mantendo a tonicidade da pele e sua hidratação. Diariamente 1 xícara ao dia em saladas.

Berries (frutas vermelhas)

Morangos, amora, framboesa, açaí - ricos em fotoquímicos e ácido elágico que fazem com que o organismo consiga neutralizar os radicais livres produzidos e auxiliam o organismo na detoxificação. 1 xícara ao dia. De preferência consuma essas frutas na sua forma orgânica garantindo maior qualidade nutricional e não tendo os malefícios do consumo de agrotóxicos que provocam o envelhecimento precoce.

Vegetais crucíferos

Brócolis, repolho, couve, couve-flor: (contém glicosinolatos) auxiliam o organismo a eliminar com maior eficiência as toxinas a que estamos expostos diariamente. 1 xícara ao dia.

Alho: Devido ao seu conteúdo de sulfeto é interessante para a manutenção do tecido conectivo e para as articulações. Auxiliam também no processo de detoxificaçao e combate aos radicais livres. 1 dente de alho cru amassado ou triturado diariamente.

Soja (isoflavonas): As isoflavonas da soja são componentes que podem exercer ação parecida com o estrogênio, mas de maneira mais sutil, mais fraca. Sabe-se que o hormônio estrogênio tem a capacidade de aumentar o funcionamento de enzimas antioxidantes. Dessa forma aumenta a defesa antioxidante, aumenta a produção energética e favorece a longevidade. Isao explica de certa forma porque as mulheres são mais protegidas do que os homens, já que a quantidade de hormônio estrogênio nas mulheres é bem abundante. Acredita-se portanto que ao utilizar uma substância com ação parecida os efeitos podem ser protetores também. As isoflavonas estão presentes em maiores quantidades nos produtos fermentados da soja como molho shoyo, tofu, misso.

Chá verde

Rico em catequinas. Previne o envelhecimento cutâneo e reduz a possibilidade de desenvolver diversos tipos de câncer a partir da sua capacidade de aumentar a eliminação de toxinas, assim nos deixando mais jovens. Para um efeito antixiodante tomar 3 xicaras de chá ao dia.

Aveia

Fonte de tocotrienois, um dos maiores antioxidantes totais da atualidade. Outras boas fontes são farelo de arroz, cevada e germe de trigo. Diariamente 1 colher de sopa adicionado a frutas ou sucos. A aveia também contém um tipo de fibra chamada beta glucana que mantém estáveis os níveis de colesterol e glicose, mantendo a energia e o apetite sob controle. A aveia é um dos cereais com maiores níveis de silício, mineral responsável entre outras funções pela maior síntese de colágeno - o "cimento" da pele..

Espinafre

Rico em luteína, uma carotenóide que tem atividade protetora antioxidante, especialmente reduzindo os efeitos dos raios solares sobre a pele. A luteína também é importante para reduzir os riscos de envelhecimento dos olhos e da capacidade visual, visto que a retina é o local de maior concentração de luteína. Semanalmente 1 xícara ( 3x semana) , de preferência cru.

Própolis

Essa substância resinosa coletada e processada por abelhas tem atividade antiinflamatória potente. Adicine diariamente a sucos algumas gotas de extrato de própolis à venda em lojas de produtos naturais.

Salmão

Das fontes de proteína disponíveis o salmão é uma das mais indicadas por ser a melhor fonte de DMAE, substância que age no tônus muscular, pois agem estimulando a função de nervos e músculos, que se contraem e tencionam, alisando a pele. A boa ingestão de proteína é essencial para não haver perda de proteína muscular que além de manter o metabolismo em movimento também garante maior integridade aos órgãos.

Gorduras saudáveis (gorduras monoinsaturadas)

Provenientes das semente de linhaça (óleo ou farinha), azeite extra-virgem de oliva, óleo de macadâmia, óleo de semente de uva. São ricos em ômega 3, gordura de atividade antiinflamatória essencial para manter a celulite à distaâcia. Auxilia a célula a aproveitar melhor os nutrientes ingeridos. A introdução de amêndoas, castanha-do-pará, avelãs e nozes também se tornam importantes devido à presença de gorduras essenciais e nutrientes antioxidantes como selênio, cobre, zinco e vitamina E que protegem o colágeno, garantindo a firmeza da pele.

Nós podemos ainda adicionar ao cardápio o abacate, semente de gergelim e azeitonas cheios de gorduras do bem que reduzem a inflamação celular! Quando ingeridas junto com outros alimentos, essas gorduras retardam a absorção do açúcar e isso acaba com a gordura acumulada na cintura. Além disso, as boas gorduras formam as membranas das nossa células, protegendo o colágeno da degradação.

Condimentos antioxidantes

Condimentos antioxidantes como canela, açafrão, cravo, noz moscada, louro, pimenta chilli, pimenta vermelha, orégano, salsa, alecrim, hortelã, tomilho, alho, limão. Possuem atividade antioxidante e antiinflamatória.

Canela

Rica em polifenóis antioxidantes são interessantes justamente para aquelas pessoas compulsivas por alimentos doces/carboidratos e que armazenam gordura sobretudo na região abdominal. Os antioxidantes da canela têm a capacidade de melhorar a atividade da insulina, fazendo com que ela aja com mais eficiência nas células, estabiliza os níveis de açúcar no sangue, reduzindo a compulsão por carboidratos. Ela tem o efeito de diminuir os efeitos nocivos dos carboidratos de alto índice glicêmico (aqueles responsáveis por aumentar a vontade de doces e o acúmulo de gordura abdominal). Ela pode ser usada em pó na forma de chá, em carnes, sopas, cozidos, frutas, salada de frutas, quente ou fria, pois os seus componentes ativos não são destruídos pelo calor. Doses de ¼ a ½ de colher de chá diariamente.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Curcumina pode matar células de câncer


Elemento presente no curry pode matar células de câncer, diz estudo Da BBC Brasil
Uma pesquisa realizada na Irlanda sugere que um componente encontrado no açafrão da Índia, presente no tempero curry, pode matar células cancerosas.
O componente químico curcumina já era visto como um extrato com aplicações medicinais e já estava sendo testado para tratamento de artrite e até demência.
Testes mostraram que a curcumina, elemento presente no curry e no açafrão, pode matar células de câncer de esôfago
A cientista Sharon McKenna e sua equipe descobriram que a curcumina começou a matar as células cancerosas dentro de 24 horas.
"Cientistas já sabiam há tempos que compostos naturais têm potencial para tratar células defeituosas que se transformaram em células cancerosas e suspeitamos que a curcumina poderia ter valor terapêutico", disse a cientista.
As células também começaram a se digerir, depois que a curcumina desencadeou os sinais de morte celular.

Novos tratamentos
Especialistas em câncer afirmam que a descoberta - publicada na revista especializada British Journal of Cancer - pode ajudar médicos a elaborar novos tratamentos para a doença.
Lesley Walker, diretor da organização britânica Cancer Research UK acha que os resultados da pesquisa irlandesa podem ajudar o desenvolvimento de novos tratamentos de câncer do esôfago.
"Abre a possibilidade para que compostos químicos naturais encontrados no açafrão da Índia possam ser desenvolvidos para se transformar em novos medicamentos." "A incidência de câncer do esôfago aumentou em mais de 50% desde os anos 70 e isto estaria ligado ao aumento da taxa de obesidade, consumo de álcool e doença do refluxo, então, descobrir formas de evitar o desenvolvimento desse tipo de câncer é importante", acrescentou.
Fonte: BBC- Brasil
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/bbc/2009/10/28/elemento-presente-no-curry-pode-matar-celulas-de-cancer-diz-estudo.jhtm
Links relacionados:
http://www.farmaco.ufsc.br/farmaco/curcumina.html
http://www.saudecomciencia.com/2009/03/curcuma-no-combate-ao-cancer.html

sábado, 24 de outubro de 2009

Substância cancerígena tem atuação desvendada



A aflatoxina, substância tóxica produzida por alguns tipos de fungos em nozes, amendoim e outras sementes oleosas, pode causar câncer do fígado se ingerida em grandes quantidades, reforça estudo feito nos Estados Unidos e publicado nesta quinta-feira (22/10) na revista Nature.
O novo estudo revela o processo por meio do qual ocorre esse papel cancerígeno, o que pode levar ao desenvolvimento de métodos de controle. Segundo a pesquisa, a toxina destrói um gene que atua na prevenção de câncer em humanos, conhecido como p53.
O trabalho aponta que, sem a proteção do p53, a aflatoxina pode comprometer a imunidade, interferindo com o metabolismo e causando grave desnutrição e, finalmente, câncer.
Shiou-Chuan (Sheryl) Tsai, da Universidade da Califórnia em Irvine (UCI), e colegas da mesma instituição e da Universidade Johns Hopkins descobriram também que uma proteína chamada PT é fundamental para que a aflatoxina se forme em fungos. Até então, não se sabia o que disparava o crescimento da toxina.
“A proteína PT é a chave para fazer o veneno. Com esse conhecimento, talvez possamos combatê-la com drogas, inibindo a capacidade do fungo de fazer a aflatoxina”, disse Sheryl.
Destruir o fungo é o método tradicional de descontaminação, mas se trata de um processo caro. Eliminar a proteína seria uma alternativa muito mais eficiente.
“Essa descoberta levará a um aumento no conhecimento de como a aflatoxina causa câncer de fígado em humanos. Ela deverá permitir o desenvolvimento de inibidores e de, assim esperamos, uma nova abordagem de prevenção química contra essa doença mortal”, disse Frank Meyskens, diretor do Centro de Pesquisa do Câncer da UCI.
O estudo aponta que, por causa da legislação insuficiente, cerca de 4,5 bilhões de pessoas em países em desenvolvimento estão criticamente expostas a alimentos com grandes quantidades de aflatoxina, em alguns casos centenas de vezes as quantidades consideradas seguras.
Em países como China, Vietnã e África do Sul, a combinação de aflatoxina com a exposição ao vírus da hepatite B aumenta os riscos de ocorrência de câncer de fígado em 60 vezes.
“É realmente chocante como esses fungos podem afetar a saúde pública”, disse Sheryl. A aflatoxina forma colônias e contamina grãos antes da colheita ou durante a estocagem. A Food & Drug Administration do governo norte-americano considera inevitável a contaminação de alimentos por essa toxina, mas estipula limites toleráveis.
O artigo Structural basis for biosynthetic programming of fungal aromatic polyketide cyclization, de Shiou-Chuan Tsai e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.

Fonte: Agência Fapesp