sábado, 31 de outubro de 2009

Metais...é sempre bom conhecer um pouco mais!!


Os metais são extraídos da natureza, geralmente de formações rochosas. No Brasil são produzidos, principalmente ferro (Fe) e alumínio (Al). O Fe é encontrado no minério de ferro (Fe2O3), sendo que 60% da produção nacional provem do quadrilátero ferrífero (MG), onde também encontramos manganês e ouro.
O Al, cujo mineral é a bauxita (principalmente Al2O3), é extraído de jazidas no Pará e em Minas Gerais.
Os métodos de extração muitas vezes provocam desequilíbrio ambiental como no caso do garimpo do ouro na Amazônia, cujo procedimento adotado fazia uso de mercúrio que contaminou diversos rios da região. A extração de ferro demanda grande quantidade de água, e posteriormente retorna aos rios tornando-se barrentas, o que afeta a produção de alimentos para os animais marinhos em geral devido à baixa luminosidade.
Medidas já foram tomadas no caso do ouro, mas ainda há rios contaminados. Quanto ao ferro a principal empresa do Brasil, Vale®, reutiliza cerca de 80% da água, e promove ações de reflorestamento em locais desmatados pela atividade mineradora
O que nos atrai nos metais são, principalmente, algumas de suas propriedades, por exemplo,
- o fato de uma latinha de alumínio de refrigerante resfriar mais rápido que uma garrafinha do mesmo refrigerante.  As latas conduzem melhor o calor, ou seja, a retirada de calor da latinha faz com que o refrigerante fique gelado mais rápido. Da mesma forma as panelas (de alumínio, ferro...) deixa o calor da chama do fogão passar mais facilmente em comparação com uma de feita de barro ou de vidro.
- a energia que nos postes de eletricidade chega a nossas casas porque nos fio de cobre (Cu), é possível à passagem de corrente elétrica, que não ocorre na madeira, nos interruptores (feitos de plástico).
- um processo muito conhecido é a formação de ferrugem, ( oxidação). Esse mesmo processo não ocorre exclusivamente com o ferro, mas com qualquer metal que entre em contato com a umidade e o oxigênio do ar. Um modo de se prevenir à oxidação, nome dado a esse fenômeno, é a pintura. Essa forma uma barreira isolante do metal. Um exemplo prático são os portões, que além da pintura recebem um outro produto o zircão, cuja propriedade é “enferrujar” primeiro que o ferro.
As lâmpadas incandescentes possuem diversos metais. Um metal pouco conhecido que constitui o filamento (parte da lâmpada que na passagem de corrente elétrica produz a luminosidade) é o tungstênio (W), que possui um alto ponto de fusão (temperatura na qual um sólido vira líquido) necessário, pois nessa região da lâmpada a temperatura chega em torno de 3000°C. Outro metal ao invés do W poderia derreter a essa temperatura.
Outra forma de aplicação dos metais é uma liga metálica, onde não existe somente um único metal constituindo o material, mas uma mistura de metais ou outros elementos. Exemplos disso:
-  o bronze (estanho, Sn e cobre, Cu),
-  latão (cobre e zinco)
-  liga mais utilizada o aço (ferro e carbono até 1%), cujos principais atrativos é a baixa densidade e sua grande resistência mecânica, utilizado na construção civil, na produção de panelas.
A maioria dos metais podem ser reutilizados, como no caso das pilhas e baterias ao término da carga os materiais ainda permanecem lá, principalmente manganês e zinco, que se chegarem a plantações retardam o crescimento geram plantas menos desenvolvidas.
No caso das latinhas a reciclagem é muito realizada, pois a quantidade de energia gasta para fundir o alumínio e remodelá-lo é 20 vezes menor.
De um modo geral, à reciclagem e o reaproveitamento dos metais é importante para diminuir o impacto ambiental devido às práticas exploratórias.
Ainda em relação às pilhas, vários metais podem ser reaproveitados, uma vez que, as pilhas comuns secas são formadas por: Zn (zinco), MnO2 (óxido de manganês), grafite e NH4Cl (cloreto de amônio). Já as pilhas alcalinas só diferem quanto ao eletrólito, ou seja, ao invés de NH4Cl utiliza-se KOH (hidróxido de potássio).


Para aparelhos que exigem maior potência são utilizados baterias, que são várias pilhas associadas em série (uma atrás da outra). Outros metais também podem ser usados em pilhas. O descarte das mesmas de  maneira errada pode contaminar o solo, as águas e acarretar danos à saúde, por exemplo, o cádmio (Cd) pode provocar disfunções renais e osteoporose. O mercúrio (Hg) causa diversos transtornos, desde vômitos, diarréia, irritação nos olhos, a problemas neurológicos e prejudicar o desenvolvimento do feto em caso de gravidez. Assim como o mercúrio o chumbo (Pb) também causa problemas neurológicos.
O link    http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3base=residuos/index.php3&conteudo=./residuos/pilhas.html
apresenta maiores informações sobre pilhas e maneiras de descartá-las de forma segura.


Fonte:
http://www.vale.com/vale/templates/htm/vale/hot_sites/ra/2006/Relatorio2006.html
http://br.geocities.com/saladefisica7/funciona/lampada.htm
http://www.mma.gov.br/sitio/

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Radicais livres


As camadas eletrônicas de um elemento químico são denominadas K, L, M e N, e seus subníveis, s, p,d, f. De maneira simples, o termo radical livre refere-se a átomo ou molécula altamente reativo, que contêm número ímpar de elétrons em sua última camada eletrônica. É este não-emparelhamento de elétrons da última camada que confere alta reatividade a esses átomos ou moléculas.
Sendo assim, pode-se dizer que radicais livres são moléculas instáveis, pelo fato de seus átomos possuírem um número ímpar de elétrons. Para atingir a estabilidade, estas moléculas reagem com o que encontram pela frente para roubar um elétron, e assim, ocorrem reações biológicas lesivas. Os radicais livres são espécies que possuem uma meia vida curtíssima e que por isso tornam-se quimicamente muito reativas. Existem radicais livres de vários elementos químicos, como os de oxigênio, de enxofre e de nitrogênio.
Uma parte do oxigênio que respiramos se transforma em radicais livres, que estão ligados a processos degenerativos como o câncer e o envelhecimento. Deve ser lembrado que os radicais livres também tem um papel importante atuando no combate a inflamações, matando bactérias, e controlando o tônus dos "músculos lisos". Porém o u mais preocupa, é a ação degenerativa dos radicais livres.
"Sofrimento emocional e consumo excessivo de carne vermelha são desencadeantes da doença  de Parkinson" Nele, há uma correspondência entre o distúrbio emocional e o estresse oxidativo" ( http://www.unifesp.br/dneuro/nexp/riboflavina/h.htm)
Os antioxidantes protegem o organismo da ação danosa dos radicais livres. Alguns antioxidantes são produzidos por nosso próprio corpo e outros - como as vitaminas C, E e o beta-caroteno - são ingeridos.
Segue abaixo uma dieta antienvelhecimento: Saiba o que e quanto consumir para combater os radicais livres
por Patricia Davidson Haiat
A alimentação é fator primordial quando falamos de envelhecimento tanto dos nossos órgãos, quanto da pele. Isso ocorre porque a produção de radicais livres, grandes vilões quando se trata de envelhecimento, é reduzida quando são retirados da alimentação substâncias que aumentam a sua produção, como excesso de gordura saturada e trans, alimentos refinados, aditivos químicos como corantes e conservantes, sempre presentes nos alimentos industrializados que são amplamente consumidos pela população
Com o tempo, o excesso dos radicais livres pode causar alterações irreversíveis nas células ou mutações, que podem favorecer o aparecimento e o desenvolvimento de doenças como o câncer, por exemplo. Além disso, esses danos contribuem para o enfraquecimento do sistema imunológico e para o envelhecimento precoce.

Alimentos que provocam envelhecimento

Os alimentos que mais provocam o aceleramento do processo de envelhecimento orgânico quando consumidos com regularidade são: açúcar e produtos refinados de uma maneira geral (farinha e arroz branco), frituras em geral, carne vermelha e bebidas alcoólicas.

Por outro lado, se temos uma alimentação adequada ricas em frutas, legumes, verduras, castanhas, azeite... , nossas células irão receber os nutrientes que vão neutralizar a ação negativa dos radicais produzidos por qualquer causa, seja pela poluição, excesso de atividade física, estresse, ou mesmo os danos provocados pelos radicais produzidos normalmente pelo nosso organismo. E por isso, a alimentação é um item tão importante e efetivamente pode diminuir o risco do desenvolvimento envelhecimento precoce.

Alimentos antienvlhecimento

Abaixo eu listei alguns alimentos que deveríamos incluir semanalmente na alimentação para tentar "blindar" nossas células do excesso de produção de radicais livres.

Óleo de linhaça

Fonte de ômega 3. Essa gordura essencial é muito pouco consumida hoje nos dias atuais e é necessária para evitar os processos inflamatórios. Além de regular o funcionamento de todas as nossas células já que as mesmas têm um envoltório de gordura. Se a gordura que as reveste for boa, há uma boa comunicação entre as células, se o tipo de gordura for ruim (tipo gordura saturada, trans ou proveniente de frituras o funcionamento é precário).

Além do óleo de linhaça, a semente de linhaça, bem como nozes e sardinha, salmão também são fontes dessa gordura essencial. Uma boa dica para incorporar o óleo de linhaça é misturar num molho de salada duas partes de óleo de linhaça extra-virgem + 4 partes de azeite extra-virgem + temperos desidratados como orégano, alecrim, manjericão, todos também com o potencial antioxidante.

Brotos de alfafa

Contém glicosinolatos e cumestrans (fitoestrogenos).

O brotamento aumenta em muito a quantidade de vitaminas, minerais e proteínas disponíveis nos alimentos que sofrem germinação. É um broto fácil de germinar ou fácil de adquirir já germinado em supermercados. Além disso, ele é riquíssimo em proteínas de fácil assimilação, aumentando a firmeza e estrutura da pele. Isso porque ele contém uma quantidade de fitoestrogenos, ou seja, substâncias que podem auxiliar em manter em equilíbrio os níveis de estrogênio, mantendo a tonicidade da pele e sua hidratação. Diariamente 1 xícara ao dia em saladas.

Berries (frutas vermelhas)

Morangos, amora, framboesa, açaí - ricos em fotoquímicos e ácido elágico que fazem com que o organismo consiga neutralizar os radicais livres produzidos e auxiliam o organismo na detoxificação. 1 xícara ao dia. De preferência consuma essas frutas na sua forma orgânica garantindo maior qualidade nutricional e não tendo os malefícios do consumo de agrotóxicos que provocam o envelhecimento precoce.

Vegetais crucíferos

Brócolis, repolho, couve, couve-flor: (contém glicosinolatos) auxiliam o organismo a eliminar com maior eficiência as toxinas a que estamos expostos diariamente. 1 xícara ao dia.

Alho: Devido ao seu conteúdo de sulfeto é interessante para a manutenção do tecido conectivo e para as articulações. Auxiliam também no processo de detoxificaçao e combate aos radicais livres. 1 dente de alho cru amassado ou triturado diariamente.

Soja (isoflavonas): As isoflavonas da soja são componentes que podem exercer ação parecida com o estrogênio, mas de maneira mais sutil, mais fraca. Sabe-se que o hormônio estrogênio tem a capacidade de aumentar o funcionamento de enzimas antioxidantes. Dessa forma aumenta a defesa antioxidante, aumenta a produção energética e favorece a longevidade. Isao explica de certa forma porque as mulheres são mais protegidas do que os homens, já que a quantidade de hormônio estrogênio nas mulheres é bem abundante. Acredita-se portanto que ao utilizar uma substância com ação parecida os efeitos podem ser protetores também. As isoflavonas estão presentes em maiores quantidades nos produtos fermentados da soja como molho shoyo, tofu, misso.

Chá verde

Rico em catequinas. Previne o envelhecimento cutâneo e reduz a possibilidade de desenvolver diversos tipos de câncer a partir da sua capacidade de aumentar a eliminação de toxinas, assim nos deixando mais jovens. Para um efeito antixiodante tomar 3 xicaras de chá ao dia.

Aveia

Fonte de tocotrienois, um dos maiores antioxidantes totais da atualidade. Outras boas fontes são farelo de arroz, cevada e germe de trigo. Diariamente 1 colher de sopa adicionado a frutas ou sucos. A aveia também contém um tipo de fibra chamada beta glucana que mantém estáveis os níveis de colesterol e glicose, mantendo a energia e o apetite sob controle. A aveia é um dos cereais com maiores níveis de silício, mineral responsável entre outras funções pela maior síntese de colágeno - o "cimento" da pele..

Espinafre

Rico em luteína, uma carotenóide que tem atividade protetora antioxidante, especialmente reduzindo os efeitos dos raios solares sobre a pele. A luteína também é importante para reduzir os riscos de envelhecimento dos olhos e da capacidade visual, visto que a retina é o local de maior concentração de luteína. Semanalmente 1 xícara ( 3x semana) , de preferência cru.

Própolis

Essa substância resinosa coletada e processada por abelhas tem atividade antiinflamatória potente. Adicine diariamente a sucos algumas gotas de extrato de própolis à venda em lojas de produtos naturais.

Salmão

Das fontes de proteína disponíveis o salmão é uma das mais indicadas por ser a melhor fonte de DMAE, substância que age no tônus muscular, pois agem estimulando a função de nervos e músculos, que se contraem e tencionam, alisando a pele. A boa ingestão de proteína é essencial para não haver perda de proteína muscular que além de manter o metabolismo em movimento também garante maior integridade aos órgãos.

Gorduras saudáveis (gorduras monoinsaturadas)

Provenientes das semente de linhaça (óleo ou farinha), azeite extra-virgem de oliva, óleo de macadâmia, óleo de semente de uva. São ricos em ômega 3, gordura de atividade antiinflamatória essencial para manter a celulite à distaâcia. Auxilia a célula a aproveitar melhor os nutrientes ingeridos. A introdução de amêndoas, castanha-do-pará, avelãs e nozes também se tornam importantes devido à presença de gorduras essenciais e nutrientes antioxidantes como selênio, cobre, zinco e vitamina E que protegem o colágeno, garantindo a firmeza da pele.

Nós podemos ainda adicionar ao cardápio o abacate, semente de gergelim e azeitonas cheios de gorduras do bem que reduzem a inflamação celular! Quando ingeridas junto com outros alimentos, essas gorduras retardam a absorção do açúcar e isso acaba com a gordura acumulada na cintura. Além disso, as boas gorduras formam as membranas das nossa células, protegendo o colágeno da degradação.

Condimentos antioxidantes

Condimentos antioxidantes como canela, açafrão, cravo, noz moscada, louro, pimenta chilli, pimenta vermelha, orégano, salsa, alecrim, hortelã, tomilho, alho, limão. Possuem atividade antioxidante e antiinflamatória.

Canela

Rica em polifenóis antioxidantes são interessantes justamente para aquelas pessoas compulsivas por alimentos doces/carboidratos e que armazenam gordura sobretudo na região abdominal. Os antioxidantes da canela têm a capacidade de melhorar a atividade da insulina, fazendo com que ela aja com mais eficiência nas células, estabiliza os níveis de açúcar no sangue, reduzindo a compulsão por carboidratos. Ela tem o efeito de diminuir os efeitos nocivos dos carboidratos de alto índice glicêmico (aqueles responsáveis por aumentar a vontade de doces e o acúmulo de gordura abdominal). Ela pode ser usada em pó na forma de chá, em carnes, sopas, cozidos, frutas, salada de frutas, quente ou fria, pois os seus componentes ativos não são destruídos pelo calor. Doses de ¼ a ½ de colher de chá diariamente.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Curcumina pode matar células de câncer


Elemento presente no curry pode matar células de câncer, diz estudo Da BBC Brasil
Uma pesquisa realizada na Irlanda sugere que um componente encontrado no açafrão da Índia, presente no tempero curry, pode matar células cancerosas.
O componente químico curcumina já era visto como um extrato com aplicações medicinais e já estava sendo testado para tratamento de artrite e até demência.
Testes mostraram que a curcumina, elemento presente no curry e no açafrão, pode matar células de câncer de esôfago
A cientista Sharon McKenna e sua equipe descobriram que a curcumina começou a matar as células cancerosas dentro de 24 horas.
"Cientistas já sabiam há tempos que compostos naturais têm potencial para tratar células defeituosas que se transformaram em células cancerosas e suspeitamos que a curcumina poderia ter valor terapêutico", disse a cientista.
As células também começaram a se digerir, depois que a curcumina desencadeou os sinais de morte celular.

Novos tratamentos
Especialistas em câncer afirmam que a descoberta - publicada na revista especializada British Journal of Cancer - pode ajudar médicos a elaborar novos tratamentos para a doença.
Lesley Walker, diretor da organização britânica Cancer Research UK acha que os resultados da pesquisa irlandesa podem ajudar o desenvolvimento de novos tratamentos de câncer do esôfago.
"Abre a possibilidade para que compostos químicos naturais encontrados no açafrão da Índia possam ser desenvolvidos para se transformar em novos medicamentos." "A incidência de câncer do esôfago aumentou em mais de 50% desde os anos 70 e isto estaria ligado ao aumento da taxa de obesidade, consumo de álcool e doença do refluxo, então, descobrir formas de evitar o desenvolvimento desse tipo de câncer é importante", acrescentou.
Fonte: BBC- Brasil
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/bbc/2009/10/28/elemento-presente-no-curry-pode-matar-celulas-de-cancer-diz-estudo.jhtm
Links relacionados:
http://www.farmaco.ufsc.br/farmaco/curcumina.html
http://www.saudecomciencia.com/2009/03/curcuma-no-combate-ao-cancer.html

sábado, 24 de outubro de 2009

Substância cancerígena tem atuação desvendada



A aflatoxina, substância tóxica produzida por alguns tipos de fungos em nozes, amendoim e outras sementes oleosas, pode causar câncer do fígado se ingerida em grandes quantidades, reforça estudo feito nos Estados Unidos e publicado nesta quinta-feira (22/10) na revista Nature.
O novo estudo revela o processo por meio do qual ocorre esse papel cancerígeno, o que pode levar ao desenvolvimento de métodos de controle. Segundo a pesquisa, a toxina destrói um gene que atua na prevenção de câncer em humanos, conhecido como p53.
O trabalho aponta que, sem a proteção do p53, a aflatoxina pode comprometer a imunidade, interferindo com o metabolismo e causando grave desnutrição e, finalmente, câncer.
Shiou-Chuan (Sheryl) Tsai, da Universidade da Califórnia em Irvine (UCI), e colegas da mesma instituição e da Universidade Johns Hopkins descobriram também que uma proteína chamada PT é fundamental para que a aflatoxina se forme em fungos. Até então, não se sabia o que disparava o crescimento da toxina.
“A proteína PT é a chave para fazer o veneno. Com esse conhecimento, talvez possamos combatê-la com drogas, inibindo a capacidade do fungo de fazer a aflatoxina”, disse Sheryl.
Destruir o fungo é o método tradicional de descontaminação, mas se trata de um processo caro. Eliminar a proteína seria uma alternativa muito mais eficiente.
“Essa descoberta levará a um aumento no conhecimento de como a aflatoxina causa câncer de fígado em humanos. Ela deverá permitir o desenvolvimento de inibidores e de, assim esperamos, uma nova abordagem de prevenção química contra essa doença mortal”, disse Frank Meyskens, diretor do Centro de Pesquisa do Câncer da UCI.
O estudo aponta que, por causa da legislação insuficiente, cerca de 4,5 bilhões de pessoas em países em desenvolvimento estão criticamente expostas a alimentos com grandes quantidades de aflatoxina, em alguns casos centenas de vezes as quantidades consideradas seguras.
Em países como China, Vietnã e África do Sul, a combinação de aflatoxina com a exposição ao vírus da hepatite B aumenta os riscos de ocorrência de câncer de fígado em 60 vezes.
“É realmente chocante como esses fungos podem afetar a saúde pública”, disse Sheryl. A aflatoxina forma colônias e contamina grãos antes da colheita ou durante a estocagem. A Food & Drug Administration do governo norte-americano considera inevitável a contaminação de alimentos por essa toxina, mas estipula limites toleráveis.
O artigo Structural basis for biosynthetic programming of fungal aromatic polyketide cyclization, de Shiou-Chuan Tsai e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.

Fonte: Agência Fapesp

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Saturno fica sem anéis!?


A Nasa liberou nesta semana imagens do recente equinócio de Saturno. O fenômeno ocorre cerca de uma vez a cada 15 anos. Nesse período, os anéis do planeta voltam sua borda diretamente para o Sol. Tendo apenas 10 metros de espessura - a despeito de um diâmetro de 270 000 quilômetros - nessa configuração eles refletem muito pouca luz e se tornam quase invisíveis. As imagens, que nunca antes haviam sido capturadas pela Nasa, foram feitas pela sonda espacial Cassini.
A primeira observação de um equinócio de saturno foi feita pelo próprio descobridor dos anéis, Galileu Galilei, há quase 400 anos. Mais de dois anos depois de notar que Saturno tinha duas" luas" - o astrônomo havia confundido as "abas" formadas á direita e à esquerda do planeta pelos anéis com um par de satélites - galileu viu, em dezembro de 1612, essas mesmas "luas" desaparecerem.

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia-tecnologia/saturno-fica-aneis-507010.shtml

domingo, 18 de outubro de 2009

A fómula da Coca-cola


Na verdade, a fórmula “secreta” da Coca-Cola se desvenda em 18 segundos em qualquer espectrômetro-ótico. Só que não dá para fabricar igual, a não ser que você tenha uns 10 bilhões de dólares para brigar com a Coca-Cola na justiça.
A fórmula da Pepsi tem uma diferença básica da Coca-Cola e é proposital exatamente para evitar processo judicial. Não é diferente porque não conseguiram fazer igual não, é de propósito, mas próximo o suficiente para atrair o consumidor da Coca-Cola que quer um gostinho diferente com menos sal e açúcar.
Tire a imensa quantidade de sal que a Coca-Cola usa (50mg de sódio na lata) e você verá que a Coca-Cola fica igual a qualquer outro refrigerante de cola, adocicado e enjoado.
É exatamente o Cloreto de Sódio em exagero (que eles dizem ser “very low sodium”) que refresca e ao mesmo tempo dá sede em dobro, pedindo outro refrigerante, e não enjoa porque o tal sal mata literalmente a sensibilidade ao doce, que também tem de montão: 39 gramas de “açúcar” (sacarose).
Ou seja, dos 350 gramas de produto líquido, mais de 10% é açúcar. Imagine numa lata de Coca-Cola, mais de 1 centímetro e meio da lata é açúcar puro… isso dá aproximadamente umas 3 colheres de sopa cheias de açúcar por lata

Fórmula da COCA-COLA

Simples: Concentrado de Açúcar queimado – Caramelo – para dar cor escura e gosto; ácido ortofosfórico (azedinho); sacarose – açúcar (HFCS- High Fructose Corn Syrup – açúcar líquido da frutose do milho); extrato da folha da planta COCA (África e Índia) e poucos outros aromatizantes naturais de outras plantas, cafeína, e conservante que pode ser Benzoato de Sódio ou Benzoato de Potássio, Dióxido de carbono de montão para fritar a língua quando você a toma e junto com o sal dar a sensação de refrigeração.
O uso de ácido ortofosfórico e não o ácido cítrico como todos os outros usam, é para dar a sensação de dentes e boca limpa ao beber, o ácido fosfórico literalmente frita tudo e em quantidade grande pode até causar decapamento do esmalte dos dentes, coisa que o ácido cítrico ataca com muito menos violência, pois o ácido fosfórico “chupa” todo o cálcio do organismo, podendo causar até osteoporose, sem contar o comprometimento na formação dos ossos e dentes das crianças em idade de formação óssea, dos 2 aos 14 anos.
Só como informação geral, é proibido usar ácido fosfórico em qualquer outro refrigerante, só a CC tem permissão… (claro, se tirar, a CC ficará com gosto de sabão).
O extrato da coca e outras folhas quase não mudam nada no sabor, é mais efeito cosmético e mercadológico, assim como o guaraná, você não sente o gosto dele, nem cheiro, (o verdadeiro guaraná tem gosto amargo) ele está lá até porque legalmente tem que estar (questão de registro comercial), mas se tirar você nem nota diferença no gosto.
O gosto é dado basicamente pelas quantidades diferentes de açúcar, açúcar queimado, sais, ácidos e conservantes.

Uma experiência legal para se fazer:

Pegue uma vasilha encha-a de Coca-Cola e coloque um pedaço de carne (crua mesmo) dentro da vasilha cheia do refrigerante.
Deixe por dois dias e depois veja como ficou a carne.

Fonte:quimicalizando.com

Componente do azeite que previne AVCs



Uma descoberta interessante, publicada na "Molecular Nutrition & Food Research" desperta grandes possibilidades, no que se refere a criação de azeites capazes de combater doenças. Utilizando técnicas de extração que aumentam a quantidade de todos os antioxidantes presentes no azeite, torna-se possível suplementar determinados azeites e até mesmo utilizar os extratos na produção de medicamentos.
Isto porque, nem todos os azeites tem a mesma quantidade dos vários antioxidantes existentes,uma vez que são extraidos de mais de 100 variedades de azeitona.
Quanto maior for a concentração do antioxidante identificado maior o efeito do azeite no combate à aterosclerose e outras doenças.
As doenças cardíacas estão relacionadas com os radicais livres que atuam sobre o colesterol ruim, o que causa a aterosclerose, endurecimento das artérias e doenças coronárias. Por transportaram oxigênio, os glóbulos vermelhos do sangue estão sujeitos "ao stress oxidativo" que, além daquelas doenças, causa o normal envelhecimento celular.
Os pesquisadores estudaram quatro antioxidantes presentes no azeite e que protegem os glóbulos vermelhos e identificaram o 3,4-DHPEA-EDA que oferece maior proteção contra a morte daquelas células.
Os azeites virgens têm maior quantidade de antioxidantes que os azeites normais. O ideal são os azeites extra virgens que perdem menos antioxidantes durante a refinação.
"Por lei o azeite chamado normal é uma mistura de azeite virgem com azeite refinado. Como podemos imaginar, o azeite virgem usado nesta mistura também não é o de melhor qualidade. A diferença entre extra-virgem e virgem é que, normalmente, o primeiro é extraído de azeitona acabada de colher e a frio. Como tal pode conter maior quantidade de antioxidantes, embora dependa do método de extração usado, e uma acidez menor. No azeite virgem e com o passar do tempo após a colheita, a azeitona vai sofrendo modificações enzimáticas e perdendo antioxidantes e assim o azeite obtido desta azeitona, que está à espera há mais algum tempo, vai ter acidez superior e menor quantidade de antioxidantes, segundo  Fátima Paiva-Martins- coordenadora dos estudos e professora do Departamento de Química da FCUP.
Caberá aos produtores agrícolas um papel primordial na produção de azeites que protejam a saúde dos consumidores.
Fonte:http://www.cienciapt.net/pt/index.php?option=com_content&task=view&id=99506&Itemid=349

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Camada pré-sal

A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo.




Vários campos e poços de petróleo já foram descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, o principal. Há também os nomeados Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara, entre outros.

Um comunicado, em novembro do ano passado, de que Tupi tem reservas gigantes, fez com que os olhos do mundo se voltassem para o Brasil e ampliassem o debate acerca da camada pré-sal. À época do anúncio, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) chegou a dizer que o Brasil tem condições de se tornar exportador de petróleo com esse óleo.

Tupi tem uma reserva estimada pela Petrobras entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo, sendo considerado uma das maiores descobertas do mundo dos últimos sete anos.

Neste ano, as ações da estatal tiveram forte oscilação depois que a empresa britânica BG Group (parceira do Brasil em Tupi, com 25%) divulgou nota estimando uma capacidade entre 12 bilhões e 30 bilhões de barris de petróleo equivalente em Tupi. A portuguesa Galp (10% do projeto) confirmou o número.

Para termos de comparação, as reservas provadas de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil ficaram em 13,920 bilhões (barris de óleo equivalente) em 2007, segundo o critério adotado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). Ou seja, se a nova estimativa estiver correta, Tupi tem potencial para até dobrar o volume de óleo e gás que poderá ser extraído do subsolo brasileiro.

Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo.

A Petrobras, uma das empresas pioneiras nesse tipo de perfuração profunda, porém, não sabe exatamente o quanto de óleo e gás pode ser extraído de cada campo e quando isso começaria a trazer lucros ao país.

Ainda no rol de perguntas sem respostas, a Petrobras não descarta que toda a camada pré-sal seja interligada, e suas reservas sejam unitizadas, formando uma reserva gigantesca.

Justamente por conta do desconhecimento sobre o potencial da camada pré-sal o governo decidiu que retomará os leilões de concessões de exploração de petróleo no Brasil apenas nas áreas localizadas em terra e em águas rasas. Afinal, se a camada for única, o Brasil ainda não tem regras de como leiloaria sua exploração.

Assim, toda a região em volta do pré-sal não será leiloada até que sejam definidas as novas regras de exploração de petróleo no país (Lei do Petróleo), que voltaram a ser discutidas pelo Planalto --foi criada uma comissão interministerial para debater modelos em vigor em outros países e o destino dos recursos do óleo extraído.

Além disso, o governo considera criar uma nova estatal para administrar os megacampos, que contrataria outras petrolíferas para a exploração --isso porque os custos de exploração e extração são altíssimos. Os motivos alegados no governo para não entregar a região à exploração da Petrobras são a participação de capital privado na empresa e o risco de a empresa tornar-se poderosa demais.
O diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrella, disse que a discussão em torno das mudanças no marco regulatório do petróleo não levará em conta o interesse privado.

"Existem vários interesses públicos e privados envolvidos nessa questão. A Petrobras é uma empresa que tem controle governamental, mas tem acionistas privados, que têm que ser respeitados. Ao mesmo tempo, o aproveitamento dessas riquezas é questão de Estado brasileiro", reconheceu.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito vários discursos em que mencionou que as reservas pertencem ao "povo brasileiro" e devem ser usadas em benefício do país, como para aplicações na educação. Lula chegou a mencionar que as reservas eram uma chance divina e deveria ser usada para reparar uma dívida com os mais pobres.

Fonte: Folha on line 31/08/2009 - 08h09

sábado, 3 de outubro de 2009

Hidrato de gás



Em primeiro de maio de 2007, a China colheu, nas profundezas marítimas do Mar da China, suas primeiras amostras de hidrato de metano, segundo Zhang Hongtao, diretor adjunto do Escritório de Estudos Geológicos da China.
Conhecido pelo nome "gelo combustível", trata-se de um "composto" inflamável formado de gelo no interior do qual temos gases "presos", oriundos da decomposição de matérias orgânicas mais recentes do que aquelas que originam o gás natural ou o petróleo.
Em virtude das propriedades desse composto e das imensas reservas disponíveis em certos solos marinhos e pergelisolos (solos permanentemente gelados e absolutamente impermeáveis das regiões árticas, cuja estabilidade depende da forte pressão e baixa temperatura), esse composto é estudado como uma fonte potencial de energia alternativa ao carvão e ao petróleo, principalmente nos Estados Unidos, Japão e China, no âmbito de um programa de pesquisa iniciado há nove anos.
Pesquisadores brasileiros apresentaram trabalho sobre a utilização de hidrato de gás como energia alternativa. Comparado aos demais combustíveis fósseis, o hidrato de gás representa o maior recurso energético do planeta e produz mais energia gerando menos CO2, de acordo com dados reunidos pela geógrafa Claudia Xavier Machado (pesquisadora do Centro de Excelência em Pesquisa Sobre Armazenamento de Carbono-Cepac). As reservas de hidrato de gás estão amplamente distribuídas pela Terra. As condições para sua formação ocorrem, principalmente, nos oceanos, a profundidades maiores que 500 metros. A pesquisa mostrou que a formação e a estabilidade do composto dependem de três variáveis: concentração do gás, temperatura e pressão. O hidrato de gás tende a se formar em locais com quantidades suficientes de água e metano, temperatura baixa e pressão elevada.
A viabilidade comercial do composto como fonte de energia deve ser atingida quando o preço do metano do hidrato alcançar o do gás convencional. Segundo prevêem autores pesquisados por Machado, com a queda na produção de petróleo, a demanda por gás natural irá aumentar, tendendo à diminuição da oferta do produto e, consequentemente, ao aumento do preço. Ao mesmo tempo, o custo de produção do metano a partir dos hidratos irá diminuir gradualmente, devido ao desenvolvimento tecnológico. No entanto, Machado afirma que a questão é relativa. “Para países com grandes reservas de petróleo, pode não parecer tão emergencial investir massivamente em pesquisa nessa área, pelo menos por enquanto”, pondera.
“É difícil determinar com certeza o grau de desenvolvimento tecnológico que os países mais avançados na área já atingiram, principalmente, por se tratar de informação estratégica”, afirma Machado. De acordo com seu estudo, no cenário internacional, o principal programa de pesquisas sobre o composto foi criado no Japão, em 1999. O interesse seria devido à preocupação com a segurança energética do país. Já a Coréia do Sul lançou, em 2005, a primeira instituição de pesquisa e desenvolvimento em hidrato de gás e prevê, para 2015, a produção comercial do composto. Índia, Canadá, Estados Unidos, Rússia e China também estão entre os países que investem nas pesquisas sobre o hidrato de gás, tanto em iniciativas locais quanto em parcerias internacionais.
Machado avalia que são escassas as referências de pesquisas brasileiras sobre o composto. “Acredito que a falta de interesse no hidrato de gás, no Brasil, pode ser decorrente da tradição na produção de óleo e gás. Talvez esse fator tenha orientado os investimentos para pesquisas voltadas para a indústria do petróleo, não priorizando a busca e quantificação de ocorrências do hidrato de gás no Brasil e o desenvolvimento da tecnologia necessária para explorá-lo”, afirma. A geógrafa, contudo, cita estudos brasileiros voltados para caracterização, localização e quantificação de ocorrências do hidrato de gás. De acordo com esses trabalhos, a presença do composto já foi confirmada na foz do Amazonas e na bacia de Pelotas (RS). Acredita-se, ainda, que ocorra também nas bacias de Campos (RJ), Espírito Santo e Cumuruxatiba, no sul da Bahia.
O estudo também aponta que o risco de ocorrerem grandes liberações do metano pela dissociação do hidrato, revertendo seu papel para um “intensificador” do efeito estufa é, possivelmente, um dos grandes desafios envolvidos na sua produção. Machado explica que a própria exploração do metano poderia desencadear a dissociação de grandes quantidades de hidrato de gás. Em consequência, haveria desestabilização do fundo oceânico. “Isso pode causar deslizamentos submarinos, explosões por brusca desgaseificação, formação de tsunami e liberação de metano, aumentando a sua concentração na atmosfera”, completa a geógrafa. Para viabilizar a produção em escala comercial, é necessário o desenvolvimento de tecnologias capazes de evitar esse risco.
A partir das pesquisas levantadas ao longo do estudo, Machado avalia que o hidrato de gás ainda não entrou para a agenda de discussões sobre mudanças climáticas, apesar da sua importância como possível fonte de energia alternativa. O surgimento de novos estudos e publicações, no entanto, indicaria um aumento de interesse pelo assunto, segundo a geógrafa. “Acredito que com o desenvolvimento de novas pesquisas e, principalmente, com o início da produção comercial, o hidrato de gás passe a ser considerado questão de grande importância quando se trata de emissões de gases de efeito estufa”, finaliza.


Fonte:http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=3¬icia=561