domingo, 1 de novembro de 2009

O ronco


O tratamento de indivíduos portadores de ronco primário e síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS) continua sendo um desafio, pois há várias opções terapêuticas e os resultados são muito variáveis. O sucesso de cada tratamento depende muito da escolha adequada e individualizada para cada paciente.
A vibração do palato mole, aquela região da garganta próxima à úvula (campainha), parece ser um dos principais fatores envolvidos na gênese do ronco. Durante o sono, pode haver um colapso da via aérea superior nesta região palatal, causando distúrbios respiratórios, tais como apnéias e hipopnéias. Deste modo, existem vários tratamentos direcionados à região do palato mole: radiofreqüência, implantes palatais, uvulopalatoplastias, dentre outros.
As substâncias químicas que estão sendo testadas na forma de injeção contém tetradecil sulfato de sódio, o  Oleato de Monoetanolamina e o Etanol. Os pacientes recebem as injeções ambulatorialmente, ou seja, não precisam ficar internados. Em cada sessão o medicamento é injetado em 3 pontos do palato mole, após anestesia do local com spray. Os pacientes recebem de 1 a 3 sessões, com intervalo de pelo menos 1 mês.
Um especialista britânico diz ter obtido "resultados excelentes" tratando pacientes que roncam com uma medicação que custa apenas 3 libras esterlinas (pouco mais de R$ 8).
O médico Hadi Al-Jassim, especialista da unidade de otorrinolaringologia do hospital Southport and Ormskirk, perto de Manchester, diz que conseguiu tratar com sucesso 400 pacientes que sofrem de "ronco habitual simples" --ou seja, não causado por razões mais complexas, como a apneia do sono.
Um problema observado foi que, em testes anteriores, os cientistas tiveram dificuldade de determinar a quantidade de químico a ser usada.
A Associação Britânica de Ronco e Apneia do Sono previne que, se usada em excesso, a substância destrói o tecido da região desnecessariamente; se muito pouco, é ineficiente.
Neste universo, 80% dos pacientes roncam quando o ar passa pela úvula, ou "campainha", no céu da boca. É nesse universo de pacientes que os testes foram realizados. No restante dos casos, a vibração ocorre em partes anteriores, como a base da língua.
Fonte:
http://www.drfabiolorenzetti.com.br/um_milagre.html
BBC Brasil

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