segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Droga ameaça pessoas: Burundanga ou escopolamina


A escopolamina ou burundanga é um alcalóide (substância de caráter básico derivada principalmente de plantas, podendo ser também derivadas de fungos, bactérias e até mesmo de animais,e contêm, em sua fórmula, basicamente nitrogênio, oxigênio, hidrogênio e carbono), extraída de plantas da família Solanaceae, ela atua impedindo a ação do neurotransmissor acetilcolina no Sistema Nervoso Central. Por isso que ela é conhecida como uma droga Anticolinérgica ( que inibem ação da acetilcolina*), alguns efeitos mais sérios são: Dificuldade respiratória, secura na boca e narinas, visão borrada, pupilas dilatadas, aumento do ritmo cardiaco, diminuição de pressão arterial, intestino preso e aumento da temperatura do corpo. Na superdosagem pode ocorrer: quadros de delírio e o fomento de uma dependência química do medicamento. Ocorre também dilatação das pupilas.


* Acetilcolina: É um éster do ácido acético e da colina, cuja ação é mediada pelos receptores nicotínicos e muscarínicos. Tem uma massa molar de 146,2 g/mol e sua fórmula química é CH3COOCH2CH2N+(CH3)3.

"Os anticolinérgicos, tanto as plantas como os medicamentos, produzem em doses não muito grandes uma indiferença em relação ao que ocorre no meio ambiente e à si próprio. Este estado mental faz com que a pessoa quando interrogada diga coisas que em estado normal ela não falaria. Esta "falta de força psíquica" ou "ausência de auto-controle" faz com que anticolinérgicos sejam utilizados como "soros da verdade", em interrogatórios de inimigos durante as guerras. A escopolamina é uma das substâncias utilizadas para este fim."
As drogas anticolinérgicas só fazem efeito por via oral ou inaladas. As plantas mais comuns onde pode ser encontrada a Escolopamina e a Atropina, são as famosas: saia branca, trombeta, trombeteira e zabumba; São plantas de fácil localização e plantio, podendo crescer em vários tipos de lugares.
A planta de nome trombeteiro, Brugmansia suaveolens, existe no Brasil e produz flores em forma de trombeta - daí o seu nome.


Outras denominações da planta: babado, cartucheira, cartucho, copo-de-leite, saia-branca, sete-saias, trombeta-de-anjo e zabumba-branca.
A palavra burundunga deriva de termo afro-cubano usado por feiticeiros para designar beberagens usadas em rituais.
Segundo o site Jardineiro.net "Sua utilização paisagística é bastante discutida, visto que é uma planta bastante tóxica e narcótica, pois todas as partes da planta contém alcalóides que podem provocar vômitos, náuseas, secura das mucosas, febre, taquicardia, alucinações e dilatação das pupilas."
Circula pela net mensagens sobre pessoas que estão usando essa droga para se aproveitarem das vítimas e roubá-las, estuprá-las, causarem danos às mesmas, enquanto estão sob efeito da droga. Verdade ou não, informações são sempre bem vindas! Para saberem mais, segue links abaixo.

Meire Jorge


http://www.lafepe.pe.gov.br/medicamento_detalhes.php?id_med=29
http://www.scribd.com/doc/8699419/Intoxicacion-por-escopolamina-burundanga-perdida-de-la-habilidad-para-tomar-decisiones?autodown=txt
http://www.jardineiro.net/br/banco/brugmansia_suaveolens.php
http://www.casoabierto.com/sucesos/terrorismo/896-escopolamina-la-droga-que-borra-la-memoria.html

domingo, 1 de novembro de 2009

Verão, cerveja e barriga!!!!


Verão chegando, temperaturas subindo....praia, e ......uma vontade louca de uma cerveja gelada para refrescar....Tem quem não goste, mas acredito serem minoria, pois a bebida é altamente refrescante. Além do que, existe um folclore em relação ao aumento da barriga, devido à sua ingestão. Antes de qualquer coisa, vamos observar e nos familiarizarmos com os ingredientes da cerveja:
→ H2O ( água) – entre 90 a 95% e a qualidade da mesma é fundamental. Acredita-se que um alto teor de sulfato na água, acentua o sabor amargo do lúpulo, o que é uma das diferenças no sabor de algumas cervejas;
→ Lúpulo ( Humulus lúpulo) é uma planta, tipo trepadeira, de origem européia, cujas flores fêmeas apresentam grande quantidade de resinas amargas e óleos essenciais, os quais conferem à cerveja o seu característico sabor amargo. Além desta qualidade, também lhes são atribuídas outras virtudes: contribui para uma maior resistência aos microrganismos indesejáveis graças ao seu poder anti-séptico, abre o apetite e fortalece o sistema nervoso. As flores do lúpulo são prensadas e reduzidas a porções menores que serão transformadas em extratos granulados, usados pelas cervejarias. Existem diversas espécies de lúpulo, de acordo com suas regiões de origem, tipo de solo, clima, etc; portanto encontram-se no mercado diversos tipos de lúpulos, cada um com suas características organolépticas.
→ Malte - O malte tem origem na germinação de cereais sob condições ambientais controladas e pré-determinadas. Os cuidados têm como objetivo maior, obtenção de enzimas ( catalisadores biológicos) que determinarão a qualidade do malte. Praticamente todo o malte utilizado nas cervejarias é proveniente da cevada ( planta parecida com o trigo da qual utiliza-se o grão). Para transformar a cevada em malte, coloca-se o grão em condições favoráveis à germinação. O processo é interrompido no momento em que o grão inicia a criação de uma nova planta. Nesta fase, o amido do grão apresenta-se em cadeias menores que na cevada, o que o torna menos duro e mais solúvel e, no interior do grão, formam-se enzimas que são fundamentais para o processo de fabricação de cerveja. A capacidade enzimática do malte é importante para a conversão dos amidos e açúcares. Açúcares e Xaropes - O açúcar e os diferentes xaropes intervêm em reduzida percentagem na produção de uma cerveja e têm a finalidade de estabelecerem variedades especiais ou de atenuarem características específicas. O caramelo, em algumas cervejas, atua como forma de obterem uma cor mais bonita e também para acentuarem ligeiramente o sabor. Cevada não maltada - A cevada não maltada dá um sabor mais rico a cereais e, ao mesmo tempo, mais suave, às bebidas que com ela são confeccionadas e contribui para a estabilidade da espuma.
→ Leveduras - leveduras são microorganismos unicelulares, biologicamente classificados como fungos e que têm uma excelente capacidade natural que consiste em sobreviverem sem oxigênio. Esses microorganismos multiplicam-se, fermentam os açúcares transformando-os em álcool, algo que é essencial para se produzir cerveja. Existem centenas de variedades de leveduras sendo que, habitualmente, se dividem em dois grandes grupos: as leveduras de fermentação alta (Saccharomyces cerevisiae, típicas das Ale) e as leveduras de fermentação baixa (Saccharomyces uvarum, antes conhecidas por Saccharomyces carlsbergensis, típicas das Lager). Há que destacar que a levedura além de transformar os açúcares em álcool e dióxido de carbono, definem também o caráter e sabor da cerveja, podendo apresentar aspectos florais, frutados ou minerais, indicados para diferentes estilos de cerveja. Estes sabores são também produtos da fermentação sendo que, em muitos casos são desejados, em outros há que se evitar, como é o caso do diacetil (aroma e paladar que lembra a manteiga), oxidado (cartão/papel), clorofenol (cloro/plástico/medicinal) ou solvente (tipo acetona).
Especula-se que a cerveja, tenha sido descoberta acidentalmente, provavelmente fruto da fermentação não induzida de algum cereal. Com o passar dos anos, de produção artesanal, passou a industrial e conseqüentemente um aumento no consumo.
A Budweiser foi a primeira marca a ultrapassar os 10 milhões de barris por ano, isto já em 1966. As fusões e concentrações continuaram a aumentar e, por exemplo, a situação atual nos EUA é exemplar: 90% do mercado é controlado por 5 empresas:
a) Anheuser-Busch, 44.5%;
b) Miller Brewing, 21.8%;
c) Coors, 10.4%;
d) Stroh, 7.4%;
e) G. Heileman, 5.3% .
Hoje em dia, a indústria cervejeira pode ser caracterizada por duas grandes tendências: a primeira, é representada pelas grandes fusões entre gigantes cervejeiros, que criam empresas cada vez maiores, com vendas impressionantes mas, em geral, com produtos de baixa qualidade; a segunda, é representada por pequenas e médias empresas que desenvolvem produtos de grande qualidade, para apreciadores e baseadas nas tradições dos locais onde se encontram implantadas. O melhor exemplo desta situação encontra-se na Bélgica, onde existe mais de uma centena de pequenas empresas cervejeiras, que desenvolvem largas dezenas de produtos com características bem diferentes entre si.
No que se refere aos benefícios ou malefícios da cerveja, chegou-se à conclusão que, bebida de forma moderada, a cerveja pode trazer inúmeros benefícios ao organismo. Em primeiro lugar a cerveja é diurética. Para quantidades iguais de água e cerveja ingeridas, o organismo excreta mais quando se bebe cerveja. Por outro lado, serve para saciar a sede já que pelo fato de conter mais de 90% de água, a cerveja pode contribuir para as necessidades diárias de água do corpo humano, que são de 1,5 a 2,5 litros. Outros estudos revelam que pode ser benéfica para doentes com problemas coronários ou mesmo para pessoas propensas a terem cancro da mama ou do sistema digestivo. Finalmente, é muitas vezes recomendada por nutricionistas como elemento essencial para uma dieta equilibrada e saudável......Agora, em relação ao aumento da barriguinha............devemos considerar que, a cerveja não contém gordura e o seu valor calórico chega a ser inferior ao de um copo de leite, ou seja, 1 latinha de cerveja tem em média 6% de álcool e por volta de 130 calorias. Cada grama de álcool fornece 7 calorias, quase a quantidade de 1 grama de gordura (9 kcal).
Extrapolar no consumo da cervejinha, ou qualquer outra bebida alcoólica, leva nosso corpo a buscar e priorizar mecanismos de desintoxicação para a eliminação do etanol (álcool) com conseqüente prejuízo no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. Esse desvio no metabolismo proporciona o acúmulo de energia sob a forma de gordura corporal (barriguinha, barrigona, pneuzinhos e todas as formas "odiadas de gordurinhas").
Excesso de energia, sem gasto, acumula-se sob a forma de gordura corporal, que nos homens ocorre mais na região abdominal (tipo andróide) e nas mulheres mais na região dos quadris e glúteos (tipo ginecóide). Apesar de também estar presente o tipo andróide nas mulheres.
Hoje, sabe-se que o excesso de gordura na região abdominal, independente do fator estético, tem estreita relação com o aumento de riscos para o desenvolvimento das doenças do coração.
Outro detalhe que merece ser lembrado é que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas aumenta a diurese e a desidratação, levando com isso à perda de importantes vitaminas hidrossolúveis (C e Complexo B) e minerais como Cálcio, Zinco e Magnésio.
Ainda, podemos acrescentar que o gás presente na cerveja é que pode, momentaneamente, criar uma sensação de enfartamento, de estômago cheio, mas isso é uma situação momentânea e que em nada influencia a criação da barriguinha. Então o que pode ajudar a formar a "barriga de cerveja"? Tudo tem a ver com os complexos efeitos que o álcool tem no metabolismo do nosso organismo. O problema é que o álcool reduz a quantidade de gordura que o nosso corpo "queima" para utilizar como energia. Como é que isso acontece? Uma parte do álcool que nós consumimos é convertida em gordura. No entanto, a grande maioria do álcool é convertida pelo fígado em acetato. O acetato é então libertado na corrente sanguínea e substitui as gorduras como energia para o nosso corpo.
Mas porque é que as pessoas que bebem cerveja tendem a ter uma barriga maior do que aquelas que bebem, por exemplo, vinho? Como você sabe, basta beber dois ou três copos de vinho e uma pessoa fica satisfeita. Com cerveja isso raramente acontece. As pessoas tendem a beber litros e litros de chope e cerveja. É barata, fresca e desce bem. Neste caso, a cerveja só pode ser culpada se for ingerida em quantidades muito elevadas.
Então, a culpa pela famosa "barriguinha de cerveja" está mais relacionada à quantidade exagerada que se bebe de uma só vez do que às bebidas alcoólicas em si, indica estudo realizado pela Sociedade Europeia de Cardiologia.
A pesquisa, feita com 28.594 pessoas, revela que aquelas que bebem pelo menos 80 gramas de álcool em uma única ocasião têm mais risco de acumular gordura abdominal do que as pessoas que consumirem a mesma quantidade, mas ao longo de diversos dias.
Segundo Marcio Mancini, presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), como a cerveja possui menor teor alcoólico do que vinhos e destilados, é mais comum ser consumida em grandes quantidades em uma única oportunidade, geralmente com o acompanhamento de salgados e porções calóricas. "Tudo de uma só vez. Isso é o prejudicial", explica.
Daniel Lerário, endocrinologista do hospital Albert Einstein e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, explica que as pessoas que consomem bebidas alcoólicas tendem, sim, a ficar com um pouco de barriga, principalmente no caso de cerveja e vinho, que contribuem para o aumento da gordura localizada.
No entanto, ele afirma que a bebida sozinha não é responsável pelo excesso de peso. "Basta observar como os alcoolistas são magros", diz.

por Meire Jorge

Fontes:
http://www.cervejasdomundo.com/Na_antiguidade.htm
http://www.bbc.co.uk/portuguese/index.shtml
http://www.cervejeiro.hpg.com.br/
http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2009/10/31/beber-muita-cerveja-de-uma-so-vez-provoca-barriga.jhtm

O ronco


O tratamento de indivíduos portadores de ronco primário e síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS) continua sendo um desafio, pois há várias opções terapêuticas e os resultados são muito variáveis. O sucesso de cada tratamento depende muito da escolha adequada e individualizada para cada paciente.
A vibração do palato mole, aquela região da garganta próxima à úvula (campainha), parece ser um dos principais fatores envolvidos na gênese do ronco. Durante o sono, pode haver um colapso da via aérea superior nesta região palatal, causando distúrbios respiratórios, tais como apnéias e hipopnéias. Deste modo, existem vários tratamentos direcionados à região do palato mole: radiofreqüência, implantes palatais, uvulopalatoplastias, dentre outros.
As substâncias químicas que estão sendo testadas na forma de injeção contém tetradecil sulfato de sódio, o  Oleato de Monoetanolamina e o Etanol. Os pacientes recebem as injeções ambulatorialmente, ou seja, não precisam ficar internados. Em cada sessão o medicamento é injetado em 3 pontos do palato mole, após anestesia do local com spray. Os pacientes recebem de 1 a 3 sessões, com intervalo de pelo menos 1 mês.
Um especialista britânico diz ter obtido "resultados excelentes" tratando pacientes que roncam com uma medicação que custa apenas 3 libras esterlinas (pouco mais de R$ 8).
O médico Hadi Al-Jassim, especialista da unidade de otorrinolaringologia do hospital Southport and Ormskirk, perto de Manchester, diz que conseguiu tratar com sucesso 400 pacientes que sofrem de "ronco habitual simples" --ou seja, não causado por razões mais complexas, como a apneia do sono.
Um problema observado foi que, em testes anteriores, os cientistas tiveram dificuldade de determinar a quantidade de químico a ser usada.
A Associação Britânica de Ronco e Apneia do Sono previne que, se usada em excesso, a substância destrói o tecido da região desnecessariamente; se muito pouco, é ineficiente.
Neste universo, 80% dos pacientes roncam quando o ar passa pela úvula, ou "campainha", no céu da boca. É nesse universo de pacientes que os testes foram realizados. No restante dos casos, a vibração ocorre em partes anteriores, como a base da língua.
Fonte:
http://www.drfabiolorenzetti.com.br/um_milagre.html
BBC Brasil

sábado, 31 de outubro de 2009

Metais...é sempre bom conhecer um pouco mais!!


Os metais são extraídos da natureza, geralmente de formações rochosas. No Brasil são produzidos, principalmente ferro (Fe) e alumínio (Al). O Fe é encontrado no minério de ferro (Fe2O3), sendo que 60% da produção nacional provem do quadrilátero ferrífero (MG), onde também encontramos manganês e ouro.
O Al, cujo mineral é a bauxita (principalmente Al2O3), é extraído de jazidas no Pará e em Minas Gerais.
Os métodos de extração muitas vezes provocam desequilíbrio ambiental como no caso do garimpo do ouro na Amazônia, cujo procedimento adotado fazia uso de mercúrio que contaminou diversos rios da região. A extração de ferro demanda grande quantidade de água, e posteriormente retorna aos rios tornando-se barrentas, o que afeta a produção de alimentos para os animais marinhos em geral devido à baixa luminosidade.
Medidas já foram tomadas no caso do ouro, mas ainda há rios contaminados. Quanto ao ferro a principal empresa do Brasil, Vale®, reutiliza cerca de 80% da água, e promove ações de reflorestamento em locais desmatados pela atividade mineradora
O que nos atrai nos metais são, principalmente, algumas de suas propriedades, por exemplo,
- o fato de uma latinha de alumínio de refrigerante resfriar mais rápido que uma garrafinha do mesmo refrigerante.  As latas conduzem melhor o calor, ou seja, a retirada de calor da latinha faz com que o refrigerante fique gelado mais rápido. Da mesma forma as panelas (de alumínio, ferro...) deixa o calor da chama do fogão passar mais facilmente em comparação com uma de feita de barro ou de vidro.
- a energia que nos postes de eletricidade chega a nossas casas porque nos fio de cobre (Cu), é possível à passagem de corrente elétrica, que não ocorre na madeira, nos interruptores (feitos de plástico).
- um processo muito conhecido é a formação de ferrugem, ( oxidação). Esse mesmo processo não ocorre exclusivamente com o ferro, mas com qualquer metal que entre em contato com a umidade e o oxigênio do ar. Um modo de se prevenir à oxidação, nome dado a esse fenômeno, é a pintura. Essa forma uma barreira isolante do metal. Um exemplo prático são os portões, que além da pintura recebem um outro produto o zircão, cuja propriedade é “enferrujar” primeiro que o ferro.
As lâmpadas incandescentes possuem diversos metais. Um metal pouco conhecido que constitui o filamento (parte da lâmpada que na passagem de corrente elétrica produz a luminosidade) é o tungstênio (W), que possui um alto ponto de fusão (temperatura na qual um sólido vira líquido) necessário, pois nessa região da lâmpada a temperatura chega em torno de 3000°C. Outro metal ao invés do W poderia derreter a essa temperatura.
Outra forma de aplicação dos metais é uma liga metálica, onde não existe somente um único metal constituindo o material, mas uma mistura de metais ou outros elementos. Exemplos disso:
-  o bronze (estanho, Sn e cobre, Cu),
-  latão (cobre e zinco)
-  liga mais utilizada o aço (ferro e carbono até 1%), cujos principais atrativos é a baixa densidade e sua grande resistência mecânica, utilizado na construção civil, na produção de panelas.
A maioria dos metais podem ser reutilizados, como no caso das pilhas e baterias ao término da carga os materiais ainda permanecem lá, principalmente manganês e zinco, que se chegarem a plantações retardam o crescimento geram plantas menos desenvolvidas.
No caso das latinhas a reciclagem é muito realizada, pois a quantidade de energia gasta para fundir o alumínio e remodelá-lo é 20 vezes menor.
De um modo geral, à reciclagem e o reaproveitamento dos metais é importante para diminuir o impacto ambiental devido às práticas exploratórias.
Ainda em relação às pilhas, vários metais podem ser reaproveitados, uma vez que, as pilhas comuns secas são formadas por: Zn (zinco), MnO2 (óxido de manganês), grafite e NH4Cl (cloreto de amônio). Já as pilhas alcalinas só diferem quanto ao eletrólito, ou seja, ao invés de NH4Cl utiliza-se KOH (hidróxido de potássio).


Para aparelhos que exigem maior potência são utilizados baterias, que são várias pilhas associadas em série (uma atrás da outra). Outros metais também podem ser usados em pilhas. O descarte das mesmas de  maneira errada pode contaminar o solo, as águas e acarretar danos à saúde, por exemplo, o cádmio (Cd) pode provocar disfunções renais e osteoporose. O mercúrio (Hg) causa diversos transtornos, desde vômitos, diarréia, irritação nos olhos, a problemas neurológicos e prejudicar o desenvolvimento do feto em caso de gravidez. Assim como o mercúrio o chumbo (Pb) também causa problemas neurológicos.
O link    http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3base=residuos/index.php3&conteudo=./residuos/pilhas.html
apresenta maiores informações sobre pilhas e maneiras de descartá-las de forma segura.


Fonte:
http://www.vale.com/vale/templates/htm/vale/hot_sites/ra/2006/Relatorio2006.html
http://br.geocities.com/saladefisica7/funciona/lampada.htm
http://www.mma.gov.br/sitio/

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Radicais livres


As camadas eletrônicas de um elemento químico são denominadas K, L, M e N, e seus subníveis, s, p,d, f. De maneira simples, o termo radical livre refere-se a átomo ou molécula altamente reativo, que contêm número ímpar de elétrons em sua última camada eletrônica. É este não-emparelhamento de elétrons da última camada que confere alta reatividade a esses átomos ou moléculas.
Sendo assim, pode-se dizer que radicais livres são moléculas instáveis, pelo fato de seus átomos possuírem um número ímpar de elétrons. Para atingir a estabilidade, estas moléculas reagem com o que encontram pela frente para roubar um elétron, e assim, ocorrem reações biológicas lesivas. Os radicais livres são espécies que possuem uma meia vida curtíssima e que por isso tornam-se quimicamente muito reativas. Existem radicais livres de vários elementos químicos, como os de oxigênio, de enxofre e de nitrogênio.
Uma parte do oxigênio que respiramos se transforma em radicais livres, que estão ligados a processos degenerativos como o câncer e o envelhecimento. Deve ser lembrado que os radicais livres também tem um papel importante atuando no combate a inflamações, matando bactérias, e controlando o tônus dos "músculos lisos". Porém o u mais preocupa, é a ação degenerativa dos radicais livres.
"Sofrimento emocional e consumo excessivo de carne vermelha são desencadeantes da doença  de Parkinson" Nele, há uma correspondência entre o distúrbio emocional e o estresse oxidativo" ( http://www.unifesp.br/dneuro/nexp/riboflavina/h.htm)
Os antioxidantes protegem o organismo da ação danosa dos radicais livres. Alguns antioxidantes são produzidos por nosso próprio corpo e outros - como as vitaminas C, E e o beta-caroteno - são ingeridos.
Segue abaixo uma dieta antienvelhecimento: Saiba o que e quanto consumir para combater os radicais livres
por Patricia Davidson Haiat
A alimentação é fator primordial quando falamos de envelhecimento tanto dos nossos órgãos, quanto da pele. Isso ocorre porque a produção de radicais livres, grandes vilões quando se trata de envelhecimento, é reduzida quando são retirados da alimentação substâncias que aumentam a sua produção, como excesso de gordura saturada e trans, alimentos refinados, aditivos químicos como corantes e conservantes, sempre presentes nos alimentos industrializados que são amplamente consumidos pela população
Com o tempo, o excesso dos radicais livres pode causar alterações irreversíveis nas células ou mutações, que podem favorecer o aparecimento e o desenvolvimento de doenças como o câncer, por exemplo. Além disso, esses danos contribuem para o enfraquecimento do sistema imunológico e para o envelhecimento precoce.

Alimentos que provocam envelhecimento

Os alimentos que mais provocam o aceleramento do processo de envelhecimento orgânico quando consumidos com regularidade são: açúcar e produtos refinados de uma maneira geral (farinha e arroz branco), frituras em geral, carne vermelha e bebidas alcoólicas.

Por outro lado, se temos uma alimentação adequada ricas em frutas, legumes, verduras, castanhas, azeite... , nossas células irão receber os nutrientes que vão neutralizar a ação negativa dos radicais produzidos por qualquer causa, seja pela poluição, excesso de atividade física, estresse, ou mesmo os danos provocados pelos radicais produzidos normalmente pelo nosso organismo. E por isso, a alimentação é um item tão importante e efetivamente pode diminuir o risco do desenvolvimento envelhecimento precoce.

Alimentos antienvlhecimento

Abaixo eu listei alguns alimentos que deveríamos incluir semanalmente na alimentação para tentar "blindar" nossas células do excesso de produção de radicais livres.

Óleo de linhaça

Fonte de ômega 3. Essa gordura essencial é muito pouco consumida hoje nos dias atuais e é necessária para evitar os processos inflamatórios. Além de regular o funcionamento de todas as nossas células já que as mesmas têm um envoltório de gordura. Se a gordura que as reveste for boa, há uma boa comunicação entre as células, se o tipo de gordura for ruim (tipo gordura saturada, trans ou proveniente de frituras o funcionamento é precário).

Além do óleo de linhaça, a semente de linhaça, bem como nozes e sardinha, salmão também são fontes dessa gordura essencial. Uma boa dica para incorporar o óleo de linhaça é misturar num molho de salada duas partes de óleo de linhaça extra-virgem + 4 partes de azeite extra-virgem + temperos desidratados como orégano, alecrim, manjericão, todos também com o potencial antioxidante.

Brotos de alfafa

Contém glicosinolatos e cumestrans (fitoestrogenos).

O brotamento aumenta em muito a quantidade de vitaminas, minerais e proteínas disponíveis nos alimentos que sofrem germinação. É um broto fácil de germinar ou fácil de adquirir já germinado em supermercados. Além disso, ele é riquíssimo em proteínas de fácil assimilação, aumentando a firmeza e estrutura da pele. Isso porque ele contém uma quantidade de fitoestrogenos, ou seja, substâncias que podem auxiliar em manter em equilíbrio os níveis de estrogênio, mantendo a tonicidade da pele e sua hidratação. Diariamente 1 xícara ao dia em saladas.

Berries (frutas vermelhas)

Morangos, amora, framboesa, açaí - ricos em fotoquímicos e ácido elágico que fazem com que o organismo consiga neutralizar os radicais livres produzidos e auxiliam o organismo na detoxificação. 1 xícara ao dia. De preferência consuma essas frutas na sua forma orgânica garantindo maior qualidade nutricional e não tendo os malefícios do consumo de agrotóxicos que provocam o envelhecimento precoce.

Vegetais crucíferos

Brócolis, repolho, couve, couve-flor: (contém glicosinolatos) auxiliam o organismo a eliminar com maior eficiência as toxinas a que estamos expostos diariamente. 1 xícara ao dia.

Alho: Devido ao seu conteúdo de sulfeto é interessante para a manutenção do tecido conectivo e para as articulações. Auxiliam também no processo de detoxificaçao e combate aos radicais livres. 1 dente de alho cru amassado ou triturado diariamente.

Soja (isoflavonas): As isoflavonas da soja são componentes que podem exercer ação parecida com o estrogênio, mas de maneira mais sutil, mais fraca. Sabe-se que o hormônio estrogênio tem a capacidade de aumentar o funcionamento de enzimas antioxidantes. Dessa forma aumenta a defesa antioxidante, aumenta a produção energética e favorece a longevidade. Isao explica de certa forma porque as mulheres são mais protegidas do que os homens, já que a quantidade de hormônio estrogênio nas mulheres é bem abundante. Acredita-se portanto que ao utilizar uma substância com ação parecida os efeitos podem ser protetores também. As isoflavonas estão presentes em maiores quantidades nos produtos fermentados da soja como molho shoyo, tofu, misso.

Chá verde

Rico em catequinas. Previne o envelhecimento cutâneo e reduz a possibilidade de desenvolver diversos tipos de câncer a partir da sua capacidade de aumentar a eliminação de toxinas, assim nos deixando mais jovens. Para um efeito antixiodante tomar 3 xicaras de chá ao dia.

Aveia

Fonte de tocotrienois, um dos maiores antioxidantes totais da atualidade. Outras boas fontes são farelo de arroz, cevada e germe de trigo. Diariamente 1 colher de sopa adicionado a frutas ou sucos. A aveia também contém um tipo de fibra chamada beta glucana que mantém estáveis os níveis de colesterol e glicose, mantendo a energia e o apetite sob controle. A aveia é um dos cereais com maiores níveis de silício, mineral responsável entre outras funções pela maior síntese de colágeno - o "cimento" da pele..

Espinafre

Rico em luteína, uma carotenóide que tem atividade protetora antioxidante, especialmente reduzindo os efeitos dos raios solares sobre a pele. A luteína também é importante para reduzir os riscos de envelhecimento dos olhos e da capacidade visual, visto que a retina é o local de maior concentração de luteína. Semanalmente 1 xícara ( 3x semana) , de preferência cru.

Própolis

Essa substância resinosa coletada e processada por abelhas tem atividade antiinflamatória potente. Adicine diariamente a sucos algumas gotas de extrato de própolis à venda em lojas de produtos naturais.

Salmão

Das fontes de proteína disponíveis o salmão é uma das mais indicadas por ser a melhor fonte de DMAE, substância que age no tônus muscular, pois agem estimulando a função de nervos e músculos, que se contraem e tencionam, alisando a pele. A boa ingestão de proteína é essencial para não haver perda de proteína muscular que além de manter o metabolismo em movimento também garante maior integridade aos órgãos.

Gorduras saudáveis (gorduras monoinsaturadas)

Provenientes das semente de linhaça (óleo ou farinha), azeite extra-virgem de oliva, óleo de macadâmia, óleo de semente de uva. São ricos em ômega 3, gordura de atividade antiinflamatória essencial para manter a celulite à distaâcia. Auxilia a célula a aproveitar melhor os nutrientes ingeridos. A introdução de amêndoas, castanha-do-pará, avelãs e nozes também se tornam importantes devido à presença de gorduras essenciais e nutrientes antioxidantes como selênio, cobre, zinco e vitamina E que protegem o colágeno, garantindo a firmeza da pele.

Nós podemos ainda adicionar ao cardápio o abacate, semente de gergelim e azeitonas cheios de gorduras do bem que reduzem a inflamação celular! Quando ingeridas junto com outros alimentos, essas gorduras retardam a absorção do açúcar e isso acaba com a gordura acumulada na cintura. Além disso, as boas gorduras formam as membranas das nossa células, protegendo o colágeno da degradação.

Condimentos antioxidantes

Condimentos antioxidantes como canela, açafrão, cravo, noz moscada, louro, pimenta chilli, pimenta vermelha, orégano, salsa, alecrim, hortelã, tomilho, alho, limão. Possuem atividade antioxidante e antiinflamatória.

Canela

Rica em polifenóis antioxidantes são interessantes justamente para aquelas pessoas compulsivas por alimentos doces/carboidratos e que armazenam gordura sobretudo na região abdominal. Os antioxidantes da canela têm a capacidade de melhorar a atividade da insulina, fazendo com que ela aja com mais eficiência nas células, estabiliza os níveis de açúcar no sangue, reduzindo a compulsão por carboidratos. Ela tem o efeito de diminuir os efeitos nocivos dos carboidratos de alto índice glicêmico (aqueles responsáveis por aumentar a vontade de doces e o acúmulo de gordura abdominal). Ela pode ser usada em pó na forma de chá, em carnes, sopas, cozidos, frutas, salada de frutas, quente ou fria, pois os seus componentes ativos não são destruídos pelo calor. Doses de ¼ a ½ de colher de chá diariamente.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Curcumina pode matar células de câncer


Elemento presente no curry pode matar células de câncer, diz estudo Da BBC Brasil
Uma pesquisa realizada na Irlanda sugere que um componente encontrado no açafrão da Índia, presente no tempero curry, pode matar células cancerosas.
O componente químico curcumina já era visto como um extrato com aplicações medicinais e já estava sendo testado para tratamento de artrite e até demência.
Testes mostraram que a curcumina, elemento presente no curry e no açafrão, pode matar células de câncer de esôfago
A cientista Sharon McKenna e sua equipe descobriram que a curcumina começou a matar as células cancerosas dentro de 24 horas.
"Cientistas já sabiam há tempos que compostos naturais têm potencial para tratar células defeituosas que se transformaram em células cancerosas e suspeitamos que a curcumina poderia ter valor terapêutico", disse a cientista.
As células também começaram a se digerir, depois que a curcumina desencadeou os sinais de morte celular.

Novos tratamentos
Especialistas em câncer afirmam que a descoberta - publicada na revista especializada British Journal of Cancer - pode ajudar médicos a elaborar novos tratamentos para a doença.
Lesley Walker, diretor da organização britânica Cancer Research UK acha que os resultados da pesquisa irlandesa podem ajudar o desenvolvimento de novos tratamentos de câncer do esôfago.
"Abre a possibilidade para que compostos químicos naturais encontrados no açafrão da Índia possam ser desenvolvidos para se transformar em novos medicamentos." "A incidência de câncer do esôfago aumentou em mais de 50% desde os anos 70 e isto estaria ligado ao aumento da taxa de obesidade, consumo de álcool e doença do refluxo, então, descobrir formas de evitar o desenvolvimento desse tipo de câncer é importante", acrescentou.
Fonte: BBC- Brasil
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/bbc/2009/10/28/elemento-presente-no-curry-pode-matar-celulas-de-cancer-diz-estudo.jhtm
Links relacionados:
http://www.farmaco.ufsc.br/farmaco/curcumina.html
http://www.saudecomciencia.com/2009/03/curcuma-no-combate-ao-cancer.html

sábado, 24 de outubro de 2009

Substância cancerígena tem atuação desvendada



A aflatoxina, substância tóxica produzida por alguns tipos de fungos em nozes, amendoim e outras sementes oleosas, pode causar câncer do fígado se ingerida em grandes quantidades, reforça estudo feito nos Estados Unidos e publicado nesta quinta-feira (22/10) na revista Nature.
O novo estudo revela o processo por meio do qual ocorre esse papel cancerígeno, o que pode levar ao desenvolvimento de métodos de controle. Segundo a pesquisa, a toxina destrói um gene que atua na prevenção de câncer em humanos, conhecido como p53.
O trabalho aponta que, sem a proteção do p53, a aflatoxina pode comprometer a imunidade, interferindo com o metabolismo e causando grave desnutrição e, finalmente, câncer.
Shiou-Chuan (Sheryl) Tsai, da Universidade da Califórnia em Irvine (UCI), e colegas da mesma instituição e da Universidade Johns Hopkins descobriram também que uma proteína chamada PT é fundamental para que a aflatoxina se forme em fungos. Até então, não se sabia o que disparava o crescimento da toxina.
“A proteína PT é a chave para fazer o veneno. Com esse conhecimento, talvez possamos combatê-la com drogas, inibindo a capacidade do fungo de fazer a aflatoxina”, disse Sheryl.
Destruir o fungo é o método tradicional de descontaminação, mas se trata de um processo caro. Eliminar a proteína seria uma alternativa muito mais eficiente.
“Essa descoberta levará a um aumento no conhecimento de como a aflatoxina causa câncer de fígado em humanos. Ela deverá permitir o desenvolvimento de inibidores e de, assim esperamos, uma nova abordagem de prevenção química contra essa doença mortal”, disse Frank Meyskens, diretor do Centro de Pesquisa do Câncer da UCI.
O estudo aponta que, por causa da legislação insuficiente, cerca de 4,5 bilhões de pessoas em países em desenvolvimento estão criticamente expostas a alimentos com grandes quantidades de aflatoxina, em alguns casos centenas de vezes as quantidades consideradas seguras.
Em países como China, Vietnã e África do Sul, a combinação de aflatoxina com a exposição ao vírus da hepatite B aumenta os riscos de ocorrência de câncer de fígado em 60 vezes.
“É realmente chocante como esses fungos podem afetar a saúde pública”, disse Sheryl. A aflatoxina forma colônias e contamina grãos antes da colheita ou durante a estocagem. A Food & Drug Administration do governo norte-americano considera inevitável a contaminação de alimentos por essa toxina, mas estipula limites toleráveis.
O artigo Structural basis for biosynthetic programming of fungal aromatic polyketide cyclization, de Shiou-Chuan Tsai e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.

Fonte: Agência Fapesp

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Saturno fica sem anéis!?


A Nasa liberou nesta semana imagens do recente equinócio de Saturno. O fenômeno ocorre cerca de uma vez a cada 15 anos. Nesse período, os anéis do planeta voltam sua borda diretamente para o Sol. Tendo apenas 10 metros de espessura - a despeito de um diâmetro de 270 000 quilômetros - nessa configuração eles refletem muito pouca luz e se tornam quase invisíveis. As imagens, que nunca antes haviam sido capturadas pela Nasa, foram feitas pela sonda espacial Cassini.
A primeira observação de um equinócio de saturno foi feita pelo próprio descobridor dos anéis, Galileu Galilei, há quase 400 anos. Mais de dois anos depois de notar que Saturno tinha duas" luas" - o astrônomo havia confundido as "abas" formadas á direita e à esquerda do planeta pelos anéis com um par de satélites - galileu viu, em dezembro de 1612, essas mesmas "luas" desaparecerem.

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia-tecnologia/saturno-fica-aneis-507010.shtml

domingo, 18 de outubro de 2009

A fómula da Coca-cola


Na verdade, a fórmula “secreta” da Coca-Cola se desvenda em 18 segundos em qualquer espectrômetro-ótico. Só que não dá para fabricar igual, a não ser que você tenha uns 10 bilhões de dólares para brigar com a Coca-Cola na justiça.
A fórmula da Pepsi tem uma diferença básica da Coca-Cola e é proposital exatamente para evitar processo judicial. Não é diferente porque não conseguiram fazer igual não, é de propósito, mas próximo o suficiente para atrair o consumidor da Coca-Cola que quer um gostinho diferente com menos sal e açúcar.
Tire a imensa quantidade de sal que a Coca-Cola usa (50mg de sódio na lata) e você verá que a Coca-Cola fica igual a qualquer outro refrigerante de cola, adocicado e enjoado.
É exatamente o Cloreto de Sódio em exagero (que eles dizem ser “very low sodium”) que refresca e ao mesmo tempo dá sede em dobro, pedindo outro refrigerante, e não enjoa porque o tal sal mata literalmente a sensibilidade ao doce, que também tem de montão: 39 gramas de “açúcar” (sacarose).
Ou seja, dos 350 gramas de produto líquido, mais de 10% é açúcar. Imagine numa lata de Coca-Cola, mais de 1 centímetro e meio da lata é açúcar puro… isso dá aproximadamente umas 3 colheres de sopa cheias de açúcar por lata

Fórmula da COCA-COLA

Simples: Concentrado de Açúcar queimado – Caramelo – para dar cor escura e gosto; ácido ortofosfórico (azedinho); sacarose – açúcar (HFCS- High Fructose Corn Syrup – açúcar líquido da frutose do milho); extrato da folha da planta COCA (África e Índia) e poucos outros aromatizantes naturais de outras plantas, cafeína, e conservante que pode ser Benzoato de Sódio ou Benzoato de Potássio, Dióxido de carbono de montão para fritar a língua quando você a toma e junto com o sal dar a sensação de refrigeração.
O uso de ácido ortofosfórico e não o ácido cítrico como todos os outros usam, é para dar a sensação de dentes e boca limpa ao beber, o ácido fosfórico literalmente frita tudo e em quantidade grande pode até causar decapamento do esmalte dos dentes, coisa que o ácido cítrico ataca com muito menos violência, pois o ácido fosfórico “chupa” todo o cálcio do organismo, podendo causar até osteoporose, sem contar o comprometimento na formação dos ossos e dentes das crianças em idade de formação óssea, dos 2 aos 14 anos.
Só como informação geral, é proibido usar ácido fosfórico em qualquer outro refrigerante, só a CC tem permissão… (claro, se tirar, a CC ficará com gosto de sabão).
O extrato da coca e outras folhas quase não mudam nada no sabor, é mais efeito cosmético e mercadológico, assim como o guaraná, você não sente o gosto dele, nem cheiro, (o verdadeiro guaraná tem gosto amargo) ele está lá até porque legalmente tem que estar (questão de registro comercial), mas se tirar você nem nota diferença no gosto.
O gosto é dado basicamente pelas quantidades diferentes de açúcar, açúcar queimado, sais, ácidos e conservantes.

Uma experiência legal para se fazer:

Pegue uma vasilha encha-a de Coca-Cola e coloque um pedaço de carne (crua mesmo) dentro da vasilha cheia do refrigerante.
Deixe por dois dias e depois veja como ficou a carne.

Fonte:quimicalizando.com

Componente do azeite que previne AVCs



Uma descoberta interessante, publicada na "Molecular Nutrition & Food Research" desperta grandes possibilidades, no que se refere a criação de azeites capazes de combater doenças. Utilizando técnicas de extração que aumentam a quantidade de todos os antioxidantes presentes no azeite, torna-se possível suplementar determinados azeites e até mesmo utilizar os extratos na produção de medicamentos.
Isto porque, nem todos os azeites tem a mesma quantidade dos vários antioxidantes existentes,uma vez que são extraidos de mais de 100 variedades de azeitona.
Quanto maior for a concentração do antioxidante identificado maior o efeito do azeite no combate à aterosclerose e outras doenças.
As doenças cardíacas estão relacionadas com os radicais livres que atuam sobre o colesterol ruim, o que causa a aterosclerose, endurecimento das artérias e doenças coronárias. Por transportaram oxigênio, os glóbulos vermelhos do sangue estão sujeitos "ao stress oxidativo" que, além daquelas doenças, causa o normal envelhecimento celular.
Os pesquisadores estudaram quatro antioxidantes presentes no azeite e que protegem os glóbulos vermelhos e identificaram o 3,4-DHPEA-EDA que oferece maior proteção contra a morte daquelas células.
Os azeites virgens têm maior quantidade de antioxidantes que os azeites normais. O ideal são os azeites extra virgens que perdem menos antioxidantes durante a refinação.
"Por lei o azeite chamado normal é uma mistura de azeite virgem com azeite refinado. Como podemos imaginar, o azeite virgem usado nesta mistura também não é o de melhor qualidade. A diferença entre extra-virgem e virgem é que, normalmente, o primeiro é extraído de azeitona acabada de colher e a frio. Como tal pode conter maior quantidade de antioxidantes, embora dependa do método de extração usado, e uma acidez menor. No azeite virgem e com o passar do tempo após a colheita, a azeitona vai sofrendo modificações enzimáticas e perdendo antioxidantes e assim o azeite obtido desta azeitona, que está à espera há mais algum tempo, vai ter acidez superior e menor quantidade de antioxidantes, segundo  Fátima Paiva-Martins- coordenadora dos estudos e professora do Departamento de Química da FCUP.
Caberá aos produtores agrícolas um papel primordial na produção de azeites que protejam a saúde dos consumidores.
Fonte:http://www.cienciapt.net/pt/index.php?option=com_content&task=view&id=99506&Itemid=349

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Camada pré-sal

A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo.




Vários campos e poços de petróleo já foram descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, o principal. Há também os nomeados Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara, entre outros.

Um comunicado, em novembro do ano passado, de que Tupi tem reservas gigantes, fez com que os olhos do mundo se voltassem para o Brasil e ampliassem o debate acerca da camada pré-sal. À época do anúncio, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) chegou a dizer que o Brasil tem condições de se tornar exportador de petróleo com esse óleo.

Tupi tem uma reserva estimada pela Petrobras entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo, sendo considerado uma das maiores descobertas do mundo dos últimos sete anos.

Neste ano, as ações da estatal tiveram forte oscilação depois que a empresa britânica BG Group (parceira do Brasil em Tupi, com 25%) divulgou nota estimando uma capacidade entre 12 bilhões e 30 bilhões de barris de petróleo equivalente em Tupi. A portuguesa Galp (10% do projeto) confirmou o número.

Para termos de comparação, as reservas provadas de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil ficaram em 13,920 bilhões (barris de óleo equivalente) em 2007, segundo o critério adotado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). Ou seja, se a nova estimativa estiver correta, Tupi tem potencial para até dobrar o volume de óleo e gás que poderá ser extraído do subsolo brasileiro.

Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo.

A Petrobras, uma das empresas pioneiras nesse tipo de perfuração profunda, porém, não sabe exatamente o quanto de óleo e gás pode ser extraído de cada campo e quando isso começaria a trazer lucros ao país.

Ainda no rol de perguntas sem respostas, a Petrobras não descarta que toda a camada pré-sal seja interligada, e suas reservas sejam unitizadas, formando uma reserva gigantesca.

Justamente por conta do desconhecimento sobre o potencial da camada pré-sal o governo decidiu que retomará os leilões de concessões de exploração de petróleo no Brasil apenas nas áreas localizadas em terra e em águas rasas. Afinal, se a camada for única, o Brasil ainda não tem regras de como leiloaria sua exploração.

Assim, toda a região em volta do pré-sal não será leiloada até que sejam definidas as novas regras de exploração de petróleo no país (Lei do Petróleo), que voltaram a ser discutidas pelo Planalto --foi criada uma comissão interministerial para debater modelos em vigor em outros países e o destino dos recursos do óleo extraído.

Além disso, o governo considera criar uma nova estatal para administrar os megacampos, que contrataria outras petrolíferas para a exploração --isso porque os custos de exploração e extração são altíssimos. Os motivos alegados no governo para não entregar a região à exploração da Petrobras são a participação de capital privado na empresa e o risco de a empresa tornar-se poderosa demais.
O diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrella, disse que a discussão em torno das mudanças no marco regulatório do petróleo não levará em conta o interesse privado.

"Existem vários interesses públicos e privados envolvidos nessa questão. A Petrobras é uma empresa que tem controle governamental, mas tem acionistas privados, que têm que ser respeitados. Ao mesmo tempo, o aproveitamento dessas riquezas é questão de Estado brasileiro", reconheceu.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito vários discursos em que mencionou que as reservas pertencem ao "povo brasileiro" e devem ser usadas em benefício do país, como para aplicações na educação. Lula chegou a mencionar que as reservas eram uma chance divina e deveria ser usada para reparar uma dívida com os mais pobres.

Fonte: Folha on line 31/08/2009 - 08h09

sábado, 3 de outubro de 2009

Hidrato de gás



Em primeiro de maio de 2007, a China colheu, nas profundezas marítimas do Mar da China, suas primeiras amostras de hidrato de metano, segundo Zhang Hongtao, diretor adjunto do Escritório de Estudos Geológicos da China.
Conhecido pelo nome "gelo combustível", trata-se de um "composto" inflamável formado de gelo no interior do qual temos gases "presos", oriundos da decomposição de matérias orgânicas mais recentes do que aquelas que originam o gás natural ou o petróleo.
Em virtude das propriedades desse composto e das imensas reservas disponíveis em certos solos marinhos e pergelisolos (solos permanentemente gelados e absolutamente impermeáveis das regiões árticas, cuja estabilidade depende da forte pressão e baixa temperatura), esse composto é estudado como uma fonte potencial de energia alternativa ao carvão e ao petróleo, principalmente nos Estados Unidos, Japão e China, no âmbito de um programa de pesquisa iniciado há nove anos.
Pesquisadores brasileiros apresentaram trabalho sobre a utilização de hidrato de gás como energia alternativa. Comparado aos demais combustíveis fósseis, o hidrato de gás representa o maior recurso energético do planeta e produz mais energia gerando menos CO2, de acordo com dados reunidos pela geógrafa Claudia Xavier Machado (pesquisadora do Centro de Excelência em Pesquisa Sobre Armazenamento de Carbono-Cepac). As reservas de hidrato de gás estão amplamente distribuídas pela Terra. As condições para sua formação ocorrem, principalmente, nos oceanos, a profundidades maiores que 500 metros. A pesquisa mostrou que a formação e a estabilidade do composto dependem de três variáveis: concentração do gás, temperatura e pressão. O hidrato de gás tende a se formar em locais com quantidades suficientes de água e metano, temperatura baixa e pressão elevada.
A viabilidade comercial do composto como fonte de energia deve ser atingida quando o preço do metano do hidrato alcançar o do gás convencional. Segundo prevêem autores pesquisados por Machado, com a queda na produção de petróleo, a demanda por gás natural irá aumentar, tendendo à diminuição da oferta do produto e, consequentemente, ao aumento do preço. Ao mesmo tempo, o custo de produção do metano a partir dos hidratos irá diminuir gradualmente, devido ao desenvolvimento tecnológico. No entanto, Machado afirma que a questão é relativa. “Para países com grandes reservas de petróleo, pode não parecer tão emergencial investir massivamente em pesquisa nessa área, pelo menos por enquanto”, pondera.
“É difícil determinar com certeza o grau de desenvolvimento tecnológico que os países mais avançados na área já atingiram, principalmente, por se tratar de informação estratégica”, afirma Machado. De acordo com seu estudo, no cenário internacional, o principal programa de pesquisas sobre o composto foi criado no Japão, em 1999. O interesse seria devido à preocupação com a segurança energética do país. Já a Coréia do Sul lançou, em 2005, a primeira instituição de pesquisa e desenvolvimento em hidrato de gás e prevê, para 2015, a produção comercial do composto. Índia, Canadá, Estados Unidos, Rússia e China também estão entre os países que investem nas pesquisas sobre o hidrato de gás, tanto em iniciativas locais quanto em parcerias internacionais.
Machado avalia que são escassas as referências de pesquisas brasileiras sobre o composto. “Acredito que a falta de interesse no hidrato de gás, no Brasil, pode ser decorrente da tradição na produção de óleo e gás. Talvez esse fator tenha orientado os investimentos para pesquisas voltadas para a indústria do petróleo, não priorizando a busca e quantificação de ocorrências do hidrato de gás no Brasil e o desenvolvimento da tecnologia necessária para explorá-lo”, afirma. A geógrafa, contudo, cita estudos brasileiros voltados para caracterização, localização e quantificação de ocorrências do hidrato de gás. De acordo com esses trabalhos, a presença do composto já foi confirmada na foz do Amazonas e na bacia de Pelotas (RS). Acredita-se, ainda, que ocorra também nas bacias de Campos (RJ), Espírito Santo e Cumuruxatiba, no sul da Bahia.
O estudo também aponta que o risco de ocorrerem grandes liberações do metano pela dissociação do hidrato, revertendo seu papel para um “intensificador” do efeito estufa é, possivelmente, um dos grandes desafios envolvidos na sua produção. Machado explica que a própria exploração do metano poderia desencadear a dissociação de grandes quantidades de hidrato de gás. Em consequência, haveria desestabilização do fundo oceânico. “Isso pode causar deslizamentos submarinos, explosões por brusca desgaseificação, formação de tsunami e liberação de metano, aumentando a sua concentração na atmosfera”, completa a geógrafa. Para viabilizar a produção em escala comercial, é necessário o desenvolvimento de tecnologias capazes de evitar esse risco.
A partir das pesquisas levantadas ao longo do estudo, Machado avalia que o hidrato de gás ainda não entrou para a agenda de discussões sobre mudanças climáticas, apesar da sua importância como possível fonte de energia alternativa. O surgimento de novos estudos e publicações, no entanto, indicaria um aumento de interesse pelo assunto, segundo a geógrafa. “Acredito que com o desenvolvimento de novas pesquisas e, principalmente, com o início da produção comercial, o hidrato de gás passe a ser considerado questão de grande importância quando se trata de emissões de gases de efeito estufa”, finaliza.


Fonte:http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=3¬icia=561

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Biofilmes antimicrobianos protegem alimentos



O problema é corriqueiro e bem conhecido dos consumidores de queijos: principalmente depois de retiradas as embalagens, fungos e outros microrganismos ganham rapidamente a superfície. Há ainda o problema da utilização de invólucros sintéticos, não biodegradáveis. O que fazer?

A garantia da segurança microbiológica e a manutenção da qualidade nutricional dos produtos alimentícios processados, bem como a necessidade de redução da utilização de embalagens sintéticas, são alguns dos principais desafios enfrentados pelo setor de comercialização de alimentos. Estas questões têm levado nas últimas décadas ao desenvolvimento de embalagens – filmes e coberturas – elaboradas a partir de matérias-primas renováveis, como os polissacarídeos, as proteínas e os lipídios.

Ainda que esses filmes e coberturas não venham a substituir totalmente as embalagens plásticas tradicionais, podem contribuir significativamente para a redução de seu uso e, mais que isso, atuar como suportes na liberação controlada de substâncias ativas que evitem o desenvolvimento de microrganismos, além de limitar a migração de umidade, aromas e lipídios.

Na produção de queijos, por exemplo, os conservantes são adicionados diretamente na massa ou, em alguns casos, o produto é imerso em uma solução do antimicrobiano. Modernamente se propõe que o agente antimicrobiano esteja no próprio invólucro e seja liberado ao longo do maior tempo possível, de maneira a preservar o produto, aumentando o que se denomina vida de prateleira.

Diante dessa perspectiva, a tecnologia de biofilmes antimicrobianos vem despertando o interesse de pesquisadores que procuram compreender e controlar os mecanismos que determinam a transferência para a superfície do alimento de agentes ativos incorporados na matriz polimérica de que é constituído o filme. Diante da constatação de que na maioria dos alimentos sólidos e semi-sólidos o crescimento microbiano ocorre na superfície, surge a possibilidade de utilização de menores quantidades de conservantes químicos em relação ao que se utiliza quando adicionados diretamente no produto.

Trabalhos desse tipo vêm sendo desenvolvidos, desde 2000, no Laboratório de Engenharia de Produtos e Processos em Biorrecursos, dirigido pelo engenheiro químico Theo Guenter Kieckbusch, da Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Unicamp, que desenvolveu técnica de obtenção de filmes de alginato com baixa solubilidade em água.

Mais recentemente foi incorporada a essa linha de pesquisa a obtenção de filmes compostos de alginato e quitosana devido à possibilidade desses dois biopolímeros formarem complexos polieletrolíticos, por exibirem centros de cargas opostas, que permitem melhorar as propriedades dos filmes em relação aos obtidos através desses componentes quando utilizados isoladamente. Além disso, a quitosana apresenta atividade antimicrobiana inerente, o que poderia contribuir para o caráter ativo do filme.

Foi com base nessas idéias que a pesquisadora Mariana Altenhofen da Silva, orientada pelo professor Theo, como é mais conhecido, desenvolveu sua pesquisa de doutorado focada no estudo da mistura dessas duas macromoléculas – alginato e quitosana –, com o objetivo de obter possíveis matrizes para a liberação controlada de agentes antimicrobianos, concentrando-se, no caso, na utilização do sorbato de potássio e natamicina, de efeitos e usos sobejamente comprovados. Os trabalhos foram desenvolvidos em parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), de Campinas, que teve a participação direta das pesquisadoras Marta Hiromi Taniwaki e Beatriz Thie Iamanaka.

Além de visar a otimização do processo de elaboração de filmes de alginato e de filmes compostos de alginato e quitosana, o trabalho ateve-se a determinar a eficiência de dois agentes antifúngicos – sorbato de potássio e natamicina, incorporados nos filmes, contra três microrganismos de alta ocorrência em queijos , com vistas a uma possível aplicação como embalagem antimicrobiana em alimentos de umidade intermediária.

A autora deteve-se também no estudo da cinética de liberação da natamicina nas matrizes poliméricas formadas e na determinação do efeito de sua adição nas propriedades químicas e físicas dos filmes.

Mariana concluiu que a metodologia desenvolvida no trabalho permite a efetiva obtenção de filmes ativos de alginato e filmes ativos compostos de alginato e quitosana contendo natamicina. Ela descreve as condições que permitem a confecção de filmes com características adequadas para aplicação como embalagem de alimentos –aparência atraente, baixa massa solubilizada em água, baixa permeabilidade ao vapor de água, baixo grau de intumescimento e propriedades mecânicas apropriadas para o manuseio. Segundo ela, “os resultados obtidos permitem afirmar que os filmes desenvolvidos contendo natamicina apresentam excelente perspectiva de atuação como filmes antimicrobianos para alimentos”.

O processo
O professor Theo conta que foi levado a desenvolver a tecnologia de filmes de alginato quando se deu conta que o seu processo de obtenção não era simples porque o produto apresentava alta solubilidade em água. Ele introduziu então duas etapas na sua produção: da primeira, resulta um filme simples, solúvel em água que, em seguida, submetido a um pós-tratamento com solução de cloreto de cálcio, torna-se menos solúvel e mais resistente. O resultado foi auspicioso porque desse processo resultaram filmes menos solúveis que os obtidos a partir de proteínas, de amido ou de produtos dele derivados, que levam a perdas de 30% a 40%. O alginato, muito usado na indústria e por isso muito conhecido, é um polímero natural, de estrutura linear e que dá origem a um filme transparente.

O pesquisador explica que na obtenção desses filmes atualmente se usa, além do alginato, a quitosana, que depois da celulose é o biopolímero mais abundante no mundo. Então ele passou a estudar a formação de filmes compostos de alginato e quitosana, cujas moléculas, por apresentarem respectivamente centros negativos e positivos, não exigiram a presença de íons positivos de cálcio para se unirem.

A idéia inicial era usar o filme na embalagem de alimentos que tivessem baixa umidade, adicionando durante sua formação um antimicrobiano – o sorbato de potássio – que fosse sendo liberado lentamente e que tivesse uma ação muito efetiva sobre fungos e outros microrganismos. O objetivo inicial foi a utilização em queijos e por isso foram testados os microrganismos que crescem em suas superfícies.

Os filmes assim obtidos foram submetidos a ensaios microbiológicos no Laboratório de Microbiologia do Ital. No processo, os microrganismos a serem combatidos são aplicados sobre um gel de Ágar sobre o qual é aplicado um pequeno disco do filme. Como mostra a figura nesta página, em torno desse disco delinea-se um anel protegido dos microrganismos que se desenvolveram apenas a partir dele.
No entanto, verificou-se que a utilização do sorbato de potássio, o mais comum dos antimicrobianos utilizados em alimentos, não funcionou como se pretendia, pois, além de liberá-lo rapidamente, o filme não apresentava as propriedades e as características desejadas.

Mariana conta que o sucesso foi alcançado quando passaram a utilizar como antimicrobiano o produto natural natamicina e metade da concentração máxima de quitosana (17,5%) na mistura. A natamicina provavelmente interage com a quitosana apresentando liberação mais lenta, conforme desejavam. A utilização de 35% de quitosana, na mistura, levou a filmes de cor amarelada que apresentaram algumas deformações e fissuras, fatores que dificultam o controle da liberação do antimicrobiano.

Extrapolando os resultados, o professor Theo está convencido de que utilizando 20% de quitosana se conseguirá uma liberação ainda mais lenta, mantendo-se no filme as características desejadas quanto à solubilidade menor em água, resistência mecânica e quanto ao resultado com o emprego da natamicina que foi surpreendente quanto à baixa velocidade de liberação.

Estes ensaios não foram realizados por Mariana durante a pesquisa por limitação de tempo, pois a idéia da utilização da natamicina surgiu quando os trabalhos já iam adiantados. A propósito, o orientador considera que o emprego da natamicina constituiu o grande achado, e surgiu de um trabalho realizado em Minas Gerais que mostra a utilização da substância na conservação de queijos. Ele considera que a transposição dos resultados do laboratório para a indústria demanda ainda um longo caminho.

O professor Theo pretende na seqüência obter filmes de alginato com outros polímeros, como a pectina, com vistas a contornar o problema do alginato que gera filmes resistentes, duros, mas de pouca plasticidade, com o objetivo de conseguir propriedades adequadas quanto à resistência, solubilidade e capazes de liberarem antimicrobianos com a velocidade adequada.

Fonte:Por Carmo Gallo Netto, do Jornal da Unicamp

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

DIA MUNDIAL SEM CARRO - 22/09



No Brasil, mais de 56 milhões de veículos circulam pelas ruas e rodovias. Somente na cidade de São Paulo são cerca de seis milhões.

Além dos transtornos, como os congestionamentos intermináveis, estresse e acidentes, cada um desses veículos emite 16 toneladas de gás carbônico por ano, o que significa mais poluição no ar e aumento de gases efeito estufa na atmosfera. Preocupadas com a questão, em 1988, na França, 35 cidades iniciaram um movimento pela redução dos automóveis nas ruas e criaram o Dia Mundial Sem Carro, 22 de setembro.

Com o tempo, a mobilização se estendeu pelos países europeus, chegando inclusive a outros continentes. No Brasil, o primeiro Dia Mundial sem Carro aconteceu em 2001, e a cada ano crescem as adesões em todos os Estados. Mais de 280 organizações de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte estão envolvidas na iniciativa todos os anos. Na Capital paulista, as ações estão sendo organizadas por várias entidades, como o Movimento Nossa São Paulo, Instituto Akatu, Campanha Tic Tac, Coletivo Ecologia Urbana, SOS Mata Atlântica, Respira São Paulo, Sesc e Transporte Ativo.

Faltam políticas de incentivo

Em São Paulo, o objetivo do Dia Sem Carro é debater o uso de meios de transportes alternativos e menos poluentes, através dos eventos que acontecerão em toda a cidade. Segundo Oded Grajew, um dos idealizadores do Movimento Nossa São Paulo, que organiza a manifestação junto com outras 20 Ongs, a programação será extensa e pretende atingir um grande número de pessoas. "Por enquanto estamos na fase de informação, levando à sociedade diversas palestras e seminários com a intenção de ampliar o debate sobre a mobilidade urbana", disse.

Diferentemente de outras cidades, a organização paulistana do evento não pedirá à população que deixe o carro em casa. "Ainda é cedo para pensarmos em uma atitude assim; o que queremos é mostrar à população que é possível ir a vários lugares sem necessidade de um transporte individual", ressaltou.

A mudança de prioridades na área de transporte é fundamental para a melhora das condições da mobilidade, principalmente nos grandes centros. Incentivar o transporte coletivo, com ampliação do metrô e dos corredores de ônibus, além meios de locomoção menos poluentes, como a bicicleta, devem estar no topo da agenda das secretarias de transporte e infraestrutura. "Na cidade de São Paulo temos pouco mais de 15 km de ciclovias, já em Bogotá são 300 km, isso mostra uma forma diferente de se fazer política de transporte", disse Oded.

Um olhar mais amplo na urbanização que permita a redução da distância entre casa, trabalho e lazer é uma solução apontada por muitos arquitetos e engenheiros para impedir o colapso do sistema rodoviário mundial. "Isso também aproxima as pessoas e diminui a desigualdade social. Temos de repensar o modelo urbanístico atual, para não termos problemas no futuro", avaliou Oded Grajew.

A prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, participará do dia promovendo o workshop Desafios para a mobilidade sustentável na cidade de São Paulo, no dia 24 de setembro. "A idéia é termos um panorama do que já está em andamento na cidade e começaremos a discutir novas perspectivas, tendo em vista as tecnologias em desenvolvimento", disse Eduardo Jorge Sobrinho, secretário de Meio Ambiente do município.

Um dos projetos da secretaria é implantar mais de 100 km de ciclovias nos próximos anos, afirmou o secretário. "Ciclovias, ciclofaixas e ciclorredes estão em implantação em São Paulo; redes de bicicletários estão se formando, tudo para facilitar o transporte via bicicleta", disse.

A população paulistana que utiliza os meios de transporte coletivo sofre com atrasos e superlotação do sistema, o que estimula a utilização de carros. Mesmo com os corredores de ônibus, em horários de pico uma viagem entre os bairros de Vila Madalena e Pirituba, cerca de 8,5 km, pode durar até duas horas.

Conforme Eduardo Jorge, o poder público está investindo R$ 30 bilhões na ampliação do sistema viário, em São Paulo. "Estamos ampliando o metrô, corredores de ônibus, e aumentando a frota de veículos", afirmou.

Mais transporte público e planejamento

Em seu artigo "A crise da mobilidade urbana em São Paulo", o fundador e primeiro presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET), Roberto Scaringella, ressalta que “vem se verificando o aumento do grau e da extensão da área de deterioração do trânsito na cidade, o que acaba contribuindo para a degradação urbana”. Em menos de cinco anos (entre 1992 e 1997) a média de quilômetros de congestionamento medido pela CET no sistema viário principal da cidade passou de 40 km na hora de pico da tarde para 120 km. "Hoje, há congestionamentos significativos em corredores da mais longínqua periferia e em todos os quadrantes", afirma Scaringela.

Outro aspecto importante a ser considerado é a existência de duas realidades urbanas bem distintas, como se fossem duas cidades: temos a São Paulo oficial e a clandestina, irregular, completamente fora da lei e de controle. "As ocupações irregulares, favelas de alvenaria surgem numa velocidade e extensão assustadoras, gerando mobilidade clandestina sem planejamento e sem controle. Aliás, o planejamento urbano é um processo praticamente inexistente. O que se propõe é sempre atrasado e vai a reboque da realidade incontrolada que se implanta apesar de ao arrepio da lei", enfatiza em seu texto.

O sistema metroviário, de grande eficiência, soma hoje 61 km de rede mas deveria ser no mínimo dez vezes maior, pela escala da cidade, na opinião do engenheiro. Um modelo de assentamento de áreas dormitório próximas a postos de trabalho é outra sugestão citada por ele para minimizar o caótico trânsito da cidade. "É uma questão que muito se fala e pouco se faz, e mesmo que em escala relativamente pequena, o impacto no trânsito seria significativo", analisou.

Algumas cidades européias, como Londres, possuem pedágios em suas principais vias urbanas para tentar desestimular o uso individual do automóvel, e essa pode ser também uma solução na capital paulistana. "O pedágio urbano é uma tese debatida há muito tempo. Um dos motivos de sua não utilização era a falta de tecnologia que identifica o veículo em movimento, dificuldade hoje superada, havendo tecnologia disponível no Brasil. A tarifação do trânsito urbano já é aplicada em algumas partes e a comunidade técnica mundial transformou em assunto de grande atualidade", destacou em seu artigo.

Mais saúde e menos poluição

A bicicleta é um importante meio de deslocamento urbano que integra saúde, sustentabilidade e custo. Muitos países vêm trabalhando sua integração com os modos coletivos de transporte por meio de construção de bicicletários nas estações de trem. Mas o Brasil ainda caminha a passos de tartaruga em relação a essa forma de transporte, que ainda é visto por muitas pessoas como “um objeto de classes sociais baixas”.

Para a jornalista Renata Falzoni, a bicicleta é uma solução para transporte, para saúde e para a qualidade de vida. "É o único meio de transporte auto-sustentável que existe, sem falar que é mais eficiente do que qualquer outro modal, em distâncias de até 6 km", assegura.

Países como Holanda, Suécia e Dinamarca têm uma grande tradição de ciclismo urbano, assim como a China que tem a bicicleta como o mais importante meio de transporte. "Mundialmente a bicicleta ocupa espaço de destaque na mobilidade urbana das grandes cidades, em especial na Europa, independente do tipo de terreno ou número de habitantes da cidade", afirma Renata, que é fundadora do Night Bikers, grupo de ciclistas que fazem passeios noturnos por São Paulo, além de difundir a educação e a segurança dos ciclistas e suas bicicletas.

Visto ainda como uma forma de lazer, o ciclismo tem timidamente ganhado espaço nos centros urbanos. "Há que se ter uma opção na política pública de mobilidade para que a bicicleta entre como um modal de transporte de forma séria", analisou Renata, que critica a falta de visão dos governos para os meios de transportes que não sejam automóveis. "Isso também acontece com os pedestres. As rotas dos pedestres inexistem, as calçadas são truncadas por ruas e avenidas e nem sempre existem faixas de pedestres que garantam a segurança destes ao cortar a malha viária", enfatizou.

Para ela, enquanto a política pública de mobilidade tiver olhos apenas para os veículos motorizados nada acontecerá de eficiente para pedestres e ciclistas. "Não é uma questão de espaço ou dinheiro, é uma opção política a ser adotada, uma quebra de paradigma", finalizou a jornalista.

FONTE : Fabrício Ângelo, da Envolverde - especial para o Instituto Ethos

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Banho de bactérias


 Os chuveiros domésticos oferecem um ambiente propício para a proliferação de micróbios potencialmente patogênicos, que podem ser inalados na forma de partículas suspensas, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Colorado (UC) em Boulder, nos Estados Unidos.

A pesquisa, que será publicada esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), concluiu que cerca de 30% dos chuveiros analisados abrigava níveis consideráveis de Mycobacterium avium, ligada a doenças pulmonares. O patógeno contamina com mais frequência pessoas com sistemas imunológicos comprometidos e, eventualmente, pode infectar também pessoas saudáveis.

De acordo com o autor principal do estudo, Norman Pace, professor do Departamento de Biologia Molecular, Celular e de Desenvolvimento da UC, os cientistas analisaram cerca de 50 chuveiros de nove cidades em sete estados norte-americanos.

Não é surpreendente encontrar patógenos em águas da rede pública, de acordo com Pace, mas os pesquisadores descobriram que algumas das bactérias se aglutinam, formando um “biofilme” viscoso que adere ao interior dos chuveiros, em uma concentração mais de 100 vezes maior que a encontrada na água encanada.

“Quando a pessoa liga o chuveiro e recebe um jato de água, provavelmente está levando também uma carga particularmente elevada de Mycobacterium avium, que pode não ser muito saudável”, disse Pace. O estudo é parte de um esforço maior de sua equipe, cujo objetivo é avaliar a microbiologia dos ambientes internos, com apoio da Fundação Alfred P. Sloan.

Outra pesquisa realizada pelo Hospital Nacional Judaico, em Denver, indicou que houve um crescimento nos Estados Unidos, nas últimas décadas, de infecções pulmonares relacionadas a espécies de bactérias não ligadas à tuberculose, como a Mycobacterium avium. Segundo os autores, esse crescimento pode estar ligado ao fato de a população do país ter passado a utilizar mais o chuveiro e menos a banheira.

“A água que jorra do chuveiro pode distribuir gotículas recheadas de patógenos que ficam suspensos no ar e podem ser facilmente inalados, penetrando nas partes mais profundas dos pulmões”, afirmou Pace.

Os sintomas da doença pulmonar causada pelo M. avium, segundo o estudo, podem incluir cansaço, tosse seca persistente, falta de ar, fraqueza e sensação geral de mal-estar. “Pessoas com o sistema imunológico comprometido, como mulheres grávidas, idosos e aqueles que estão lutando contra outras doenças, são mais propensas a tais sintomas”, disse.

De olho na água

Embora os cientistas tenham tentado testar a presença de patógenos nos chuveiros por meio de cultura de células, essa técnica é incapaz, segundo Pace, de detectar 99,9% das espécies de bactérias presentes em um determinado ambiente.

Uma técnica de genética molecular desenvolvida pelo grupo do pesquisador na década de 1990 permitiu a retirada de amostras diretamente dos chuveiros, isolando o DNA e amplificando-o com utilização da reação em cadeia da polimerase, a fim de determinar as sequências de genes presentes, possibilitando a identificação de tipos de patógenos específicos.

“Houve alguns precedentes que indicavam que os chuveiros podiam gerar alguma preocupação, mas até esse estudo, não sabíamos o quanto o problema podia ser relevante”, disse Pace.

Durante as primeiras fases da pesquisa, a equipe testou chuveiros em pequenas cidades, muitas das quais estava usando água de poço e não encanada. “Inicialmente, achamos que os níveis de patógenos detectados nos chuveiros se deviam a isso. Mas, quando começamos a trabalhar os dados de Nova York, vimos uma grande quantidade de M. avium e o estudo foi revigorado”, disse.

Além da técnica de coleta de amostras do chuveiro, a equipe utilizou outro processo: várias duchas foram partidas em pedaços pequenos, que foram revestidos de ouro. Um corante fluorescente foi usado para marcar as superfícies e, com um microscópio eletrônico de varredura, os pesquisadores puderam observar as superfícies em detalhe.

Apesar dos resultados, Pace ressalta que provavelmente não é perigoso utilizar chuveiros para tomar banho, contanto que o sistema imune da pessoa não esteja comprometido de alguma maneira. Segundo ele, como os chuveiros de plástico apresentam uma carga maior de patógenos, os chuveiros de metal podem ser uma boa alternativa.

“Há lições a serem aprendidas aqui em termos de como controlar a água e lidar com ela. O monitoramento da água é muitas vezes arcaico. Já existem ferramentas para fazê-lo com mais precisão, de forma mais barata que a utilizada hoje em dia”, disse.

O artigo Opportunistic pathogens enriched in showerhead biofilms, de Norman Pace e outros, pode ser lido por assinantes da Pnas em www.pnas.org .

Fonte: Boletim Fapesp/Set- 2009

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Pedra Cânfora / Gripe Suína

C10H16O), uma substância branca, cristalina, com um forte odor característico.


Compartilhando mensagem da Dra. Ana Kniss (Médica)

PEDRA DE CÂNFORA durante a gripe espanhola no começo do século passado, milhões de pessoas morreram, mas aqueles que lidavam com os doentes raramente contraiam a virose. É que havia uma orientação para que o pessoal de serviço, médicos, enfermeiros, etc. usasse um saquinho de gaze com pedras de cânfora pendurados no pescoço. As emanações voláteis da cânfora esterilizam o ar em sua volta e protegem as mucosas.
Então, podemos fazer o mesmo. Basta adquirir a cânfora na farmácia comum (algumas pedrinhas bastam), confeccionar uma bolsinha de gaze e pendurar no pescoço, podendo inclusive manter por dentro do vestiário, sem necessidade de deixar à mostra (se bem que o ideal é manter do lado de fora). Deve ser usado constantemente durante o contato com as pessoas. É um aboa dica para quem lida com pessoas ou trabalha em ambiente de aglomeração, etc.

Anna Kniss

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Coca-Cola (parte 1)



Você já pensou o que acontece com seu organismo depois de tomar uma Coca-Cola geladinha? Veja aqui, passo-a-passo, o que ocorre após ingerir Coca-Cola.
Você já imaginou porque a Coca-Cola te deixa alegre? É porque ela te deixa meio "alto", se é que vocês me entendem. Eles tiraram a cocaína da fórmula há quase 100 anos, sabe porque? Porque ela era totalmente redundante.
10 minutos - Uma quantidade parecida com 10 colheres de chá de açúcar golpeiam seu organismo (100% da recomendação diária). Com essa quantidade de açúcar, você só não vomita imediatamente porque o ácido fosfórico quebra o enorme sabor de açúcar, permitindo que a Coca não fique tão doce.
20 minutos - O açúcar do seu sangue aumenta, causando uma explosão de insulina. Seu fígado responde transformando todo o açúcar em gordura (que nesse momento é abundante).
40 minutos - A absorção de cafeína está completa. Suas pupilas dilatam, sua pressão aumenta e, como resposta, seu fígado joga mais açúcar em sua corrente sanguínea. Os receptores de adenosina no seu cérebro são bloqueados, evitando que você fique entorpecido.
45 minutos - Seu corpo aumenta a produção de dopamina, estimulando os centros de prazer do seu cérebro. Fisicamente, é exatamente isso que acontece se você tomar uma dose de heroína.60 minutos -
60 minutos -O ácido fosfórico prende o cálcio, o magnésio e zinco no seu intestino grosso, provocando um aumento no metabolismo. Essa junção é composta por altas doses de açúcar e adoçantes artificiais. Isso também faz você eliminar cálcio pela urina.
65 minutos - A propriedade diurética da cafeína começa a agir, e faz você ter vontade de ir ao banheiro. Agora é certo que você ira defecar a junção de cálcio, magnésio e zinco; que deveriam ir para seus ossos, assim como o sódio e a água.
70 minutos - O entusiasmo que você sentia, passa. Você começa a sentir falta de açúcar, que faz você ficar meio irritado e/ou com preguiça. Essa hora você já urinou toda a água da Coca, mas não sem antes levar junto alguns nutrientes que seu corpo iria usar para hidratar o organismo e fortalecer ossos e dentes.
Isso tudo será seguido por uma enorme falta de cafeína em poucas horas. Menos de duas, se você for fumante.
Mas não tem problema, toma outra Coca-Cola aí que vai fazer você se sentir melhor.
Fonte: http://blogdaelany.blogspot.com/2009/04/porque-coca-cola-te-faz-alegre-pelo.html

domingo, 23 de agosto de 2009

Doença do aspartame



Artigo escrito pela Dra. Mancy Marckle:

" Passei alguns dias falando na CONFERÊNCIA MUNDIAL DE MEIO AMBIENTE a respeito do ASPARTAME , conhecido como Nutrasweet, Equal, Zerocal, Finn e Spoonful"


Eles anunciaram que existia uma epidemia de Esclerose Múltipla e Lúpus Sistêmico, e não entendiam que toxina estava fazendo com que essas doenças assolassem os Estados Unidos tão rapidamente .

Eu expliquei que estava lá para falar exatamente sobre este assunto.

Quando a temperatura do ASPARTAME excede 30º C, o álcool contido no ASPARTAME se converte em formaldeído e daí para ácido fórmico , que provoca acidose metabólica (o ácido fórmico é o veneno das formigas).

A toxicidade do metanol imita a Esclerose Múltipla e as pessoas recebem diagnóstico errado de Esclerose Múltipla.


A Esclerose Múltipla não se constitui em sentença de morte, mas a toxicidade do metanol sim . No caso do Lúpus Sistêmico , estamos percebendo que é quase tão grave quanto a Esclerose Múltipla , especialmente em usuários de Diet Coke e Diet Pepsi por razão da toxicidade do metanol. (as vítimas geralmente bebem de 3 a 4 latas destes refrigerantes por dia, ou mais).


Nos casos de Lúpus Sistêmico causado pelo ASPARTAME , a vítima geralmente não sabe que o ASPARTAME é a causa de sua doença e continua com seu uso, agravando o lúpus a um grau tão intenso que algumas vezes ameaça a vida.

Quando interrompemos o uso do ASPARTAME , as pessoas que tinham lúpus ficam assintomáticas.

Infelizmente, não podemos reverter esta doença. Por outro lado, nos casos diagnosticados como Esclerose Múltipla (quando, na realidade, a doença é devida à toxicidade do metanol) a maioria dos sintomas desaparece. Nós temos visto casos em que a visão retornou e mesmo a audição foi recuperada. Isto também se aplica aos casos de tinnitus (zumbido no ouvido).


Em uma conferencia eu disse: "Se você está usando ASPARTAME " (Nutrasweet, Equal, e Spoonful, etc.) e sofre de sintomas como fibromialgia , espasmos, dores, formigamento nas pernas, câimbras, vertigem, tontura , dor de cabeça , zumbido no ouvido, dores articulares, depressão , ataques de ansiedade, fala atrapalhada, visão borrada ou perda de memória - você provavelmente tem a DOENÇA DO ASPARTAME!

As pessoas começaram a pular durante a palestra dizendo: Eu tenho isto, é reversível? É impressionante.


Em uma palestra assistida pelo embaixador de Uganda, ele nos contou que a indústria de açúcar deles está adicionando ASPARTAME ao açúcar! Ele contou que o filho de um dos líderes da indústria não conseguia mais andar - em parte pelo uso do produto! Estamos com um sério problema. Um estranho veio até ao Dr. Espisto (um de meus palestrantes) e perguntou por que tantas pessoas estavam tendo Esclerose Múltipla (MS).


Durante a visita a um hospital, uma enfermeira disse que seis amigos dela que eram viciados em Diet Coke, tinham sido diagnosticados com MS. Isso é mais do que coincidência.


Há um tempo atrás houve Audiências no Congresso dos EUA incluindo o ASPARTAME em 100 produtos diferentes. Nada foi feito. Os lobbies da droga e da indústria química tem bolsos muito profundos.


Agora existem mais de 5000 produtos contaminados com este produto químico , e a patente expirou. Na época da primeira audiência, as pessoas estavam ficando cegas. O metanol no ASPARTAME se converte em formaldeído na retina do olho .


O formaldeído é do mesmo grupo das drogas como cianeto e arsênico - Venenos mortais! Infelizmente, leva muito tempo para matar, mas está matando as pessoas e causando todos os tipos de problemas neurológicos .


O ASPARTAME muda a química do cérebro . É a causa de diversos tipos de ataque. Esta droga muda os níveis de dopamina no cérebro. Imagine o que acontece com os pacientes que sofrem de Doença de Parkinson? Também causa malformações fetais.


Não existe nenhuma razão para se utilizar este produto . NÃO É UM PRODUTO DIETÉTICO! Os anais do congresso dizem: Ele faz você desejar carboidratos e faz engordar . Dr. Roberts viu que quando ele interrompeu o uso do ASPARTAME a perda de peso foi de 9,5 kg por pessoa.

O formaldeído se armazena nas células adiposas, principalmente nos diabéticos.

Todos os médicos sabem o que o metanol causaria num diabético. Os médicos acreditam que seus pacientes têm retinopatia, quando de fato, o mal é causado pelo ASPARTAME. O ASPARTAME mantém o açúcar sangüíneo fora de controle, fazendo com que muitos pacientes entrem em coma. Infelizmente, muitos morreram.


Pessoas nos contaram na Conferência do Colégio Americano de Medicina que tinham parentes que mudaram de sacarina para o ASPARTAME e agora eventualmente entram em coma. Seus médicos não conseguem controlar os níveis de glicemia.


Os pacientes têm perda de memória pelo fato de que o ácido aspártico e a fenilalanina são neurotóxicos sem os outros aminoácidos encontrados nas proteínas. Eles atravessam a barreira hemato-encefálica e causam deterioração nos neurônios.


Dr. Russel Blaylock, neurocirurgião, diz:

Os ingredientes estimulam os neurônios até a morte causando dano cerebral em vários níveis. Dr. Blaylock escreveu um livro intitulada: "Excitotoxinas: O Gosto que Mata. (Health Press -800-643-2665)."


O Dr. H.J. Roberts, especialista diabético e perito mundial em envenenamento pelo ASPARTAME , escreveu um livro intitulada: DEFESA CONTRA A DOENÇA DE ALZHEIMER (1-800-814-8900). Dr. Roberts conta como o envenenamento pelo ASPARTAME está relacionado à doença de Alzheimer. E realmente está. Mulheres de 30 anos estão sendo internadas com Alzheimer.

Dr. Blaylock e Dr. Roberts estão escrevendo uma carta-posição com alguns casos relatados e vão colocá-la na Internet. De acordo com a Conferência do Colégio Americano de Medicina, nós estamos falando de uma praga de doenças neurológicas causada por este veneno mortal .

Dr. Roberts descobriu o que aconteceu quando o ASPARTAME foi vendido pela primeira vez. Ele disse que seus pacientes diabéticos apresentaram perda de memória, confusão, e severa perda de visão.


Na conferência do Colégio Americano de Medicina, os médicos admitiram que não sabiam. Eles estavam imaginando porque os ataques tinham aumentado tanto (a fenilalanina do ASPARTAME diminui o limiar para convulsão e depleta a Serotonina, o que causa psicose maníaco depressiva , ataque de pânico, fúria e violência). Antes da Conferência, eu recebi um fax da Noruega, pedindo um possível antídoto para este veneno porque a pessoa estava sentindo tantos problemas no seu país.


Este veneno está disponível em muitos países agora. Felizmente, tivemos embaixadores e palestradores na Conferência que se engajaram nesta luta.

O New York Times, em 15 de Novembro de 1996, publicou um artigo a respeito de como a Associação Americana de Dietética recebe dinheiro da Indústria Alimentícia para endossar seus produtos.

Por isso, eles não podem criticar aditivos e falar a respeito de sua ligação com a MONSANTO. A que ponto chega isso? Dissemos a uma mãe cujo filho estava usando Nutrasweet para interromper o uso do produto. A criança estava tendo convulsões diárias. A mãe telefonou para o médico, que telefonou para a Associação que disse ao médico para não interromper o uso de NutraSweet.

Estamos ainda tentando convencer a mãe que o ASPARTAME está causando as convulsões.

Toda vez que interrompemos o uso do ASPARTAME , as convulsões cessam. Se o bebê morrer, sabemos de quem é a culpa, e contra quem lutamos. Existem 92 sintomas documentados de ASPARTAME, do coma à morte A maioria deles é neurológica, porque ASPARTAME destrói o Sistema Nervoso .


A DOENÇA DO ASPARTAME é parcialmente a causa da SÍNDROME "TEMPESTADE NO DESERTO". A queimação na língua e os outros sintomas discutidos em mais de 60 casos podem estar diretamente relacionados ao consumo de produtos contendo ASPARTAME . Milhares de latas de bebidas Diet foram enviadas para as tropas do tempestade no Deserto. Lembre-se que o calor pode liberar o metanol do ASPARTAME a 30 ºC. As bebidas dietéticas foram expostas ao sol de 45 ºC no deserto Árabe por semanas. Os homens e mulheres de serviço bebiam isso o dia todo. Todos os sintomas deles eram semelhantes ao de um envenenamento por ASPARTAME .


Dr.Roberts diz que o consumo do ASPARTAME na época da concepção pode causar defeitos no feto. A FENILALANINA se concentra na placenta causando retardo mental , de acordo com o Dr. Louis Elsas, Professor de Genética Pediátrica na Universidade de Emory.


Em testes de laboratório, os animais desenvolvem tumores cerebrais (a fenilalanina tem um subproduto o XP, um agente causador de tumores cerebrais). Quando o Dr.Espisto estava falando, um neurocirurgião da platéia disse: Encontra-se um teor elevado de ASPARTAME nos tumores cerebrais removidos. A STÉVIA, um adoçante natural, NÃO É UM ADITIVO, e ajuda no metabolismo do açúcar; seria ideal para os diabéticos e foi aprovada, agora, como suplemento dietético pelo FDA.


Durante anos, o FDA, que é autoridade oficial nos EEUA na área de analise de alimentos e medicamentos, adiou esta aprovação por causa da sua lealdade à MONSANTO